domingo, 24 de julho de 2011

CATPÍTULO III - PARTE IV

Otávio não queria aproveitar o jantar porque ainda tínhamos que ir na casa de outros dois amigos dele antes de ir para a lanchonete-boate. Comi o máximo que pude, as refeições no interior são fartas e bem saborosas, eu não estava acostumado com isso, logo, tinha que aproveitar o que viesse. Escovamos os dentes juntos, ele pegou um capote que tinha e saímos.
    • Não vão voltar muito tarde – disse minha avó.
    • Voltaremos o mais cedo possível – respondeu Otávio.
Fomos primeiro na casa de um amigo dele – o Renato – que tinha um carro modelo estrada, ele estava em casa terminando de se arrumar. Era um homem alto e muito bonito, fiquei logo impressionado com a sua aparência, mas nada que desse bandeira! Ficamos no sofá da sala esperando por alguns minutos, seus pais, muito religiosos estava na missa, não havia um dia que eles perdessem.
Quando Renato retornou, Otávio nos apresentou “formalmente”, ele apertou minha mão e pude sentir o quanto ele era viril, forte e másculo. Ele nos ofereceu algo para beber antes de sairmos, e claro, meu primo aceitou.
    • Mas não vamos nos atrasar? Perguntei.
    • Relaxa, a noite é muito longa e a galera mais agitada só chega mais tarde – disse Renato.
    • Então, Renato, como vão os estudos? Perguntou meu primo.
    • Cara, estão um saco – respondeu em tom de deboche – só estou na faculdade porque meus pais querem ter um filho formado.
    • E o que exatamente você faz? Perguntei.
    • Eu estudo agronomia, é a única coisa que pode dar certo aqui nessa cidade, mas minha vontade é ir para a capital, talvez eu faça lá uma outra formação, sei lá. E quanto a você, o que faz e por que está aqui em Lagos?
    • Eu cheguei hoje, vim passar as férias aqui em busca de tranquilidade e sossego. Na capital, eu trabalho como auxiliar de escritório, não ganho muito, mas o suficiente para fazer o que eu quero.
    • Escuta, Renato, suas amigas estarão lá hoje? Perguntou Otávio interessado nas mulheres da festa.
    • Claro que estarão, ao menos se eu não conseguir uma gata de outro lugar, eu já tenho garantida.
    • Sabe, Rafael, o Renato já pegou quase todas as meninas aqui da cidade – disse Otávio – pena que ele é egoísta porque não quer deixar as meninas para mim, mas para você que é visitante, pode deixar que ele te consegue uma de suas melhores amigas.
    • Não precisa se preocupar com isso, eu me viro sozinho – disse meio tímido sem saber realmente o que falar.
    • Que é isso primo? Acha que a gente vai deixar você pegar qualquer uma, a gente conhece as meninas daqui...
    • A não ser se você não quiser ficar com as meninas – interrompeu Renato.
    • Claro que quero, você vai ver, eu sei que as meninas do interior não aguentam ver um cara da cidade que ficam logo em cima – respondi rapidamente. Não poderia dar mancada, meu negócio são os homens, mas se aparecer somente mulher, eu aceito.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CAPÍTULO III - PARTE III

    • Então, Otávio, para onde iremos hoje à noite?
    • Eu vou levar você em uma casa de festa, todos os jovens daqui vão lá nos fins de semana. Na verdade, o lugar é uma lanchonete, mas no sábado, ele transforma o lugar em um bar, tipo boate que tem na cidade grande.
    • Quem diria, até aqui em Lagos agora tem boate? Disse impressionado.
    • A cidade é pequena, mas não é medieval primo, a gente também se diverte aqui como vocês na capital.
    • Não foi isso que eu quis dizer, Otávio...
    • Eu sei... lá você vai encontrar tanta mulher bonita que vai até se perder! Quando elas sentirem o cheiro de carne nova, vão cair em cima feito urubu na carniça, sem ofensas.
      • Eu sei... é bom que conheço mais as pessoas daqui.

Na realidade, o que eu queria era estar nos lugares mais movimentados da cidade, para ver se encontrava Felipe. Ele parece o tipo de pessoas que não perde nenhum tipo de festa, ainda mais festa onde há muitas meninas. Não estava também muito afim das meninas, meu negócio mesmo são os homens, mas como aqui em Lagos não há lugares onde eu possa ficar com uns rapares sem que toda a população saiba, era melhor me conter e ficar em jejum por um mês.

Assim que meu avô saiu do banheiro, Otávio entrou, enquanto ele terminava, eu fiquei procurando uma roupa para a minha primeira noite na cidade. Passei a calça e a camisa, separei a cueca, o desodorante e o perfume, olhei pela porta e vi que ele já tinha saído, então foi minha vez. Me arrumei o máximo que pude, queria estar bem apresentável.
    • Nossa, como você está bonito e cheiroso! Exclamou minha avó ao me ver sair do banheiro.
Com um leve sorriso apenas agradeci sem fazer nenhum comentário, guardei as roupas que usava e fomos todos para a mesa jantar.
    • Olha lá vocês dois, não vão me aprontar pelo amor a Deus – Alertou me avô.
    • O que é isso vô? Desconfiando da gente? Disse Otávio.
    • Desconfiando, não, apenas alertando – respondeu.

domingo, 3 de julho de 2011

CAPÍTULO III - PARTE II

Eu e meu primo sempre nos demos bem. Desde a última vez que estive aqui, ficamos muito amigos e parceiros. No sábado, a maioria das pessoas vinham da roça para aproveitar a feira, uns para vender e outros para comprar, com isso, a cidade ficava muito movimentada durante a manhã e parte da tarde, geralmente, depois das quatorze horas, as pessoas voltavam.
    • É gente, já está na nossa hora. Vamos para a roça antes que escureça – Fala meu tio.
    • Já? Ainda está cedo. Fiquem para o jantar, depois vocês vão – Fala minha avó.
    • Precisamos ir, mãe. Em outra ocasião nós passamos a noite aqui, e vocês hoje têm a companhia de seus dois netos.
    • Otávio, vamos de carro porque está carregado com as comprar, quando você for, pegue uma carona para a roça – disse meu tio.
    • Tudo bem. Eu dou um jeito daqui até lá – respondeu Otávio.

Meus tios pegaram a chave do carro, se despediram de todos e se foram. Ficamos do lado de fora vendo-os entrar no carro e sumir na estrada, eu agora só os veria no meio da semana quando fosse para a roça com algum deles que viesse na cidade. Como eram dezoito horas, minha avó foi esquentar a janta e arrumar a mesa, as refeições no interior sempre são cedo, meu avô foi tomar banho e eu fiquei com Otávio na varanda conversando até meu avô sair do banheiro.
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