terça-feira, 28 de junho de 2011

CAPÍTULO III - PARTE I

Já era final de tarde, eu acordei meio desnorteado, ainda estava com muito sono acumulado da viagem. Logo após o almoço, acabei dormindo e ninguém quis me acordar porque sabiam que eu estava cansado, então, levantei da cama, fiquei uns minutos na janela observando a rua, e é interessante que as pessoas sabem quando chega alguém de fora e me olhavam como se eu fosse um E.T. Saí do quarto e fui para a sala, encontrar o pessoal, mas não os vi, fui na cozinha, no quintal, mas não estavam lá. “Para onde será que foram?”. Quando cheguei na varanda, todos estava lá conversando e comendo doce de leite.
    • Por que vocês me deixaram dormir tando?
    • Ah, Rafael, eu imaginei que você deveria estar muito cansado e por isso deixei você descansar. - respondeu minha avó – Fiz mal?
    • Não vó, de maneira nenhuma, eu não queria dormir muito para aproveitar o máximo da cidade.
    • Não se preocupe, a cidade é tão pequena que em um único dia você descobre tudo sobre ela. Disse meu primo.
    • Quer doce, eu neto? Perguntou meu avô.
    • Não, obrigado. Eu vou ficar aqui sentado com vocês.
Sentei no banco que tinha na varanda ao lado dos meus avós, Otávio estava também no banco sentado na ponta e meus tios estavam em um banco perto próximo ao portão. Eu parecia a sensação da cidade, todos que passavam e falavam com qualquer um dos meus parentes eram chamados para me conhecer, eles vinham falar comigo e até me convidavam para ir em suas casas.

Mesmo morando no centro da cidade, a calmaria era demais, quase nada acontecia, o bom era que o final de semana sempre era o dia mais agitado tanto na roça como na cidade.

    • Primo, hoje à noite quero ir conhecer a cidade, você vai comigo?
    • Claro que vou, Rafael. Aqui tem algumas festas legais, onde todos se encontram para ouvir música, dançar e beber um pouco.
    • Beber um pouco, Otávio, não muito muito – alertou minha tia - . Os meninos aqui quando bebem, exageram muito e não quero filho meu bêbado.
    • Não se preocupe, tia. Eu cuido dele para a senhora. Não vou deixar esse moço passar dos limites.
    • Se você garante, eu vou confiar.
    • Mas eu e sua mãe voltamos hoje para a roça, Otávio – disse tio Pedro.
    • Eu durmo aqui, é bom que fico mais tempo com meu primo – respondeu Otávio.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

CAPÍTULO II - PARTE III

Entramos no carro do meu primo e fomos para a casa de meus avós, em menos de cinco minutos, já estávamos lá, descemos as malas e eu entrei. Minha tia Glória irmã e minha mãe e meu tio Pedro seu marido estavam me esperando ansiosos por me ver. Tia Glória ficou muito admirada com minha feição, achou muito parecida com a da minha mãe e ficou até emocionada.

    • Nossa, como você parece com sua mãe, faz tantos anos que eu a vi, mas ainda lembro dela como se ela tivesse partido ontem para a capital. Sabe, meu sobrinho, a gente era muito amigas e confidente, depois que ela foi embora, eu só achei outra amiga, mas amiga mesmo, depois de anos.
    • Estamos muito contente – Falou meu tio Pedro – por ver você entre nós, Rafael. Por esses dias você fica aqui com seu Estevão e dona Julieta matando a saudade, depois, no meio da semana quando a gente vier na cidade, você vai para a roça conosco.
    • Combinado tios. Eu irei para a roça, preciso respirar o ar do campo, ver vacas, bois, cavalos e porcos. Me lembro que estive aqui, mas foi há anos e creio que a paisagem do campo deve ser a mesma.
    • Está certo primo. Aquela vista nunca muda, a árvore aonde a gente subia para ver as plantações ainda está lá, só esperando por você para a gente subir nela outra vez.

Todos estavam muito contentes com minha presença ali, e eu também estava contente com isso, para mim, é muito bom e importante se sentir querido e desejado pelas pessoas. Nós estávamos muito eufóricos para conversar, eles queriam saber de tudo sobre nossa vida na capital e eu sobre eles.

Na cozinha, tinha uma mesa farta me esperando, eram tantas coisas que eu nem sabia por onde começar. Ninguém tinha tomado café ainda porque estavam me esperando, mas o momento do café da manhã era uma das melhores horas do dia, quando todos estavam à mesa. Comemos muito, demos risadas e gargalhadas com tantas histórias que meus tios e meus avós contavam sobre eles, sobre Otávio e até mesmo coisas sobre minha mãe que ela nunca tinha me contado, nos divertimos muito naquele momento.

Eu sabia que minha estadia em Lagos seria muito boa, não sabia exatamente o quê ou como, mas tinha a certeza que passaria dias bem divertidos e emocionantes naquele lugar. Eu queria fazer tantas coisas ao mesmo tempo, que às vezes parecia que não conseguiria realizar tudo o que havia planejado, um mês parece muito, mas quando estamos fazendo o que gostamos, o tempo voa, que nem percebemos.

CAPÍTULO II - PARTE III

Entramos no carro do meu primo e fomos para a casa de meus avós, em menos de cinco minutos, já estávamos lá, descemos as malas e eu entrei. Minha tia Glória irmã e minha mãe e meu tio Pedro seu marido estavam me esperando ansiosos por me ver. Tia Glória ficou muito admirada com minha feição, achou muito parecida com a da minha mãe e ficou até emocionada.
    • Nossa, como você parece com sua mãe, faz tantos anos que eu a vi, mas ainda lembro dela como se ela tivesse partido ontem para a capital. Sabe, meu sobrinho, a gente era muito amigas e confidente, depois que ela foi embora, eu só achei outra amiga, mas amiga mesmo, depois de anos.
    • Estamos muito contente – Falou meu tio Pedro – por ver você entre nós, Rafael. Por esses dias você fica aqui com seu Estevão e dona Julieta matando a saudade, depois, no meio da semana quando a gente vier na cidade, você vai para a roça conosco.
    • Combinado tios. Eu irei para a roça, preciso respirar o ar do campo, ver vacas, bois, cavalos e porcos. Me lembro que estive aqui, mas foi há anos e creio que a paisagem do campo deve ser a mesma.
    • Está certo primo. Aquela vista nunca muda, a árvore aonde a gente subia para ver as plantações ainda está lá, só esperando por você para a gente subir nela outra vez.
Todos estavam muito contentes com minha presença ali, e eu também estava contente com isso, para mim, é muito bom e importante se sentir querido e desejado pelas pessoas. Nós estávamos muito eufóricos para conversar, eles queriam saber de tudo sobre nossa vida na capital e eu sobre eles.

Na cozinha, tinha uma mesa farta me esperando, eram tantas coisas que eu nem sabia por onde começar. Ninguém tinha tomado café ainda porque estavam me esperando, mas o momento do café da manhã era uma das melhores horas do dia, quando todos estavam à mesa. Comemos muito, demos risadas e gargalhadas com tantas histórias que meus tios e meus avós contavam sobre eles, sobre Otávio e até mesmo coisas sobre minha mãe que ela nunca tinha me contado, nos divertimos muito naquele momento.

Eu sabia que minha estadia em Lagos seria muito boa, não sabia exatamente o quê ou como, mas tinha a certeza que passaria dias bem divertidos e emocionantes naquele lugar. Eu queria fazer tantas coisas ao mesmo tempo, que às vezes parecia que não conseguiria realizar tudo o que havia planejado, um mês parece muito, mas quando estamos fazendo o que gostamos, o tempo voa, que nem percebemos.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

CAPÍTULO II - PARTE II

Felipe não disse nada, apenas olhou para mim e sorriu. Sei que na realidade ele pensava em alguma coisa que não queria me contar. Não sei se nos veremos novamente, talvez ele estava se comportando assim como um sinal para dizer que nunca mais estaremos juntos, talvez, eu tenha colocado tantas expectativas em uma pessoa que não conheço que para mim não será fácil não vê-lo mais, talvez, ele tenha percebido que eu me interessei por ele e prefira ficar distante.
O ônibus estava quase saindo, retornamos para nossos assentos e continuamos calados, eu sentia um clima estranho, e fiquei com vergonha de puxar assunto. Felipe nada falava e para demonstrar que não queria conversar, ele tirou da mochila um fone de ouvido, ligou o rádio do celular, e começou a ouvir música. O volume estava alto, eu conseguia ouvir. Às vezes olhava para ele e ele não parecia se importar com nada, com ninguém... comigo! O percurso que antes eu não queria que acabasse, agora eu queria que passasse logo.
Olhando para a paisagem externa, vi o ônibus chegar à Estação Rodoviária de Lagos. Felipe havia adormecido com o fone no ouvido.
    • Felipe, chegamos. Precisamos descer.

Foi a única coisa que consegui dizer, ele levantou-se, pegou a mochila e desceu. Eu o seguia logo atrás. Ao descer, ele se despediu de mim, apertou minha mão, olhou bem no fundo dos meus olhos – o que me deixou se jeito – e agradeceu pela companhia, logo foi ao encontro de um casal com um bebê no colo, acho que era a irmã que ele ia visitar, ele os abraçou, pegou as malas, olhou para mim novamente – como quem diz adeus – e foram para o estacionamento. Não era a despedida que eu havia planejado, mas foi a que aconteceu, isso me deixou meio triste, mas não tão quanto ansioso para ver meus avós. Eles demoraram para chegar, mas chegaram acompanhados de um primo meu, o Otávio. Nos abraçamos por alguns segundos e pensei que não valeria a pena ficar ali pensando em uma pessoa que passou pela minha vida por algumas horas e depois se foi.
    • Vocês demoraram, pensei que tinham esquecido de mim.
    • Jamais esqueceríamos de você meu neto – disse meu avó Estevão – seu primo Otávio estava na roça, veio de lá e ainda foi nos buscar.
    • E a gente demorou um pouquinho porque eu estava terminando de arrumar a mesa do café para assim que você chegar, estar tudo pronto! Replicou minha avó Julieta.

VIDEOS I

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CAPÍTULO II - PARTE I

Eram quatro e meia da manhã, meus olhos abriram-se lentamente e eu quase não quis acordar, estava meio desconfortável passar tantas horas em uma cadeira de ônibus de viagem, isso é bastante cansativo. Eu olhei para a minha esquerda, e via a bela paisagem que ia aparecendo enquanto o sol nascia, fiquei por uns minutos olhando aquilo e pensando em tantas coisas que aconteceram na minha vida e nas pessoas – quase nenhumas – que ficaram na capital à minha espera. Olhando à minha direita, eu vi o Felipe dormindo profundamente, acho que agora ele também estava cansado, respirava fundo, seus olhos estavam bem fechados e não se movia com nada, nem mesmo com o balanço do ônibus.

Finalmente a viagem estava terminando, embora eu não quisesse, não tinha escolha, o que me confortava era saber que ele estava indo para a mesma cidade que eu, e como em toda cidadezinha não há muitos lugares, seria fácil encontrá-lo. Enquanto eu o olhava, ele acordou, parecia meio assustado, como quem não sabe onde está.

    • Calma, já estamos quase chegando. Disse eu tranquilizando-o.
    • Pensei que tinha passado da nossa estação – respondeu.
    • Você acha que eu teria coragem de abandonar um parceiro sabendo que ele desceria na mesma cidade que eu?
    • É verdade, mas se isso acontecesse, eu iria para Lagos somente para te matar... Disse Felipe enquanto sorria.

Descemos na última parada para tomar um café e curtir parte da cidade. Ele não estava muito comunicativo, o que me deixava preocupado. “Será que ele está assim porque dormi com a cabeça em seu ombro, ou será que ele percebeu algo em alguma palavra que falei ?”. Olhei para ele tentando decifrar o que se passava por sua mente, mas era inútil, ele era impenetrável, não dava para descobrir nada além do que ele dizia, parecia que por trás daquela imagem que ele passava havia algo mais, tinha que haver alguma coisa que ele não queria me contar. Não dá para uma pessoa mudar de comportamento sem que algo tenha acontecido.
    • Você está muito calado desde que descemos. Aconteceu alguma coisa? Perguntei.
    • Não, não aconteceu nada. Estou pensando em quando chegar em Lagos, a cidade é muito pequena, e, apesar do desenvolvimento que teve nos últimos anos, não deixou de ser cidade pequena, e não há nada de interessante. Não sei bem o que fazer por lá nos próximos quinze dias, ou melhor, nem sei se ficarei quinze dias.
    • Não se preocupe, nós encontraremos algo para fazer por lá... quer dizer... se você quiser me encontrar lá, claro.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

DESCULPAS

Galera, peço desculpas a todos os leitores e visitantes do meu blog porque nestas últimas semanas não estou realizando as atualizações diárias, mas, quem é estudante sabe que nas semanas finais do semestre ficamos malucos e sem tempo até para respirar. Por isso, dei uma figudinha dos meus trabalhos e estou dando as devidas satisfações. A partir da próxima semana, na terça ou quarta-feira eu retomo as atualizações do blog. Espero todos até lá...
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