terça-feira, 30 de setembro de 2014

Isso é um ABSURDO...!

Candidato Levy Fidelix vai ser acusado de incitar o ódio

A polêmica acabou facilitando um encontro entre o Setorial LGBT do PT e a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.

Partidos, organizações de defesa dos direitos dos homossexuais e também órgãos públicos querem incriminar Levy Fidelix, candidato à Presidência da República pelo PRTB, pelas declarações que fez durante o debate promovido pela TV Record, no domingo à noite. A Ouvidoria de Direitos Humanos, ligada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, deve apresentar nesta terça ao Ministério Público Federal denúncia coletiva sob acusação de incitação ao ódio e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.
“Cerca de 300 pessoas recorreram a nós, pedindo providências. Por isso resolvemos organizar um documento coletivo, que ainda poderá ter mais adesões”, disse a coordenadora da Ouvidoria, Irina Karla. Ela afirmou que o documento deve ser enviado à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, onde foi realizado o debate.
A Comissão Especial de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou ontem na Procuradoria-Geral Eleitoral e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido requerendo a cassação da candidatura de Fidelix. A OAB também quer direito de resposta. O PSOL e o PV também vão recorrer à Justiça, alegando que houve incitação ao ódio. Em São Paulo, o Coletivo Feminista de Lésbicas e o Instituto Edson Néris, entre outras entidades não governamentais, preparam ações na mesma direção.
Silêncio
Procurado, o candidato do PRTB não quis se manifestar. No domingo, na saída do debate, ao ser entrevistado por um repórter do site Terra, ele sustentou as afirmações que havia feito. Mas deu a entender que não pretende estender a polêmica. “Isso não tem que provocar uma guerra entre Brasil e Iraque”, disse o candidato. Diante da insistência do repórter, foi ríspido: “Chega desse negócio que está me enchendo o saco”.

Durante o debate, a candidata Luciana Genro (PSOL) fez uma pergunta a Fidelix sobre suas políticas para a defesa dos direitos da chamada comunidade LGBT, de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, no caso de ser eleito. Na resposta, o candidato do PRTB associou a homossexualidade à pedofilia e a doenças mentais e fez uma espécie de conclamação da maioria para o “enfrentamento” da minoria sexual. “Aparelho excretor não reproduz”, disse Fidelix, logo no início das declarações que repercutiram até na mídia estrangeira. “Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar - fez muito bem - do Vaticano um pedófilo. Está certo.”
Mais à frente, Fidelix afirmou: “Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. Não tenha medo de dizer sou pai, uma mãe, vovô, e o mais importante é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá.”

Omissão e conivência
A resposta provocou imediata reação nas redes sociais. No debate, nem Luciana Genro foi poupada. Afirmou-se que, em vez de dar uma resposta mais firme ao candidato do PRTB, preferiu usar o tempo disponível para falar de seu programa. Ontem, ela disse que essa não é a questão principal.

Para Luciana, o que ficou evidente é que seu partido se destaca no debate por assumir abertamente a defesa dos direitos dos homossexuais: “Todos os outros candidatos tem sido omissos e coniventes com a homofobia”. A polêmica acabou facilitando um encontro entre o Setorial LGBT do PT e a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Programado inicialmente para o dia 20, o encontro havia sido suspenso por determinação da coordenação da campanha e não havia outra data prevista para sua realização. Ontem, porém, os ativistas foram avisados que seriam recebidos por Dilma em São Paulo. O encontro ocorreu minutos antes de um comício em Campo Limpo.



VEJA O VÍDEO ABAIXO:



Fonte: http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/candidato-levy-fidelix-vai-ser-acusado-de-incitar-o-odio/?cHash=2891821c6aacc9e3d2b6a1898c64a7c1

domingo, 21 de setembro de 2014

Série Gay - R.G A Revolução - Primeira Temporada Ep. 01

DEPOIS DO FINAL DE POSITIVOS, AGORA NOVA SÉRIE NO AR, E VOCÊ ACOMPANHA DIRETAMENTE AQUI...



Para Ler & Refletir...

Meu cu para os seus bons costumes: sobre respeitabilidade e promiscuidade



Fábio Fernandes


A cena é poética: uma piscina de uso comum, na Europa, pessoas de diversas idades, gêneros, cores, e até mesmo nacionalidades. Uma diversidade de corpos quase incomunicáveis. Um marasmo satisfatório, daqueles refletidos em almejadas zonas de conforto e serenidade como projetos de vida. A doce apatia é quebrada pela chegada de um ser de olhar ambíguo, que, entre uma cena e outra, transita entre os gêneros e provoca um dilaceramento nas proibições, nas normas. Como um “vírus” incontrolável de desejo ampliado à milésima potência, tod@s começam a se pegar indiscriminadamente, e a água daquela piscina se torna o espaço para que corpos transbordem prazeres intensos, gozos antes proibidos. Esse é basicamente o roteiro de Cold Starcurta-metragem que me inspirou a escrever esta inquietação. E, não, isto não é um texto, é um grito ouvido por poucos, pois a sensação é de que há um movimento para o meu silêncio.

Para a Organização Mundial de Saúde, é suficiente que você tenha ultrapassado o número de três parceiros sexuais por ano para ser considerado “promíscuo”. Bom, quanto a mim, não contarei, e quer saber por quê? 1) eu me perderia entre os dias, semanas e meses que já correram neste ano; 2) lançaria sobre o meu corpo o escrutínio dos dispositivos de regulação estatístico e estatal – o controle biopolítico levado a cabo pelo Estado exerce um poder imenso sobre o que podem os corpos, quais os seus limites, prescrevendo manuais de bom senso, moralidade e salubridade que pretendem guiar o seu uso.
A saúde pública tem sido usada como estratégia/arma para limitar o quê, como, com quantos, e de que forma você usa aquilo que seria por direito seu: “seu” corpo. Obviamente, a categoria da promiscuidade atende a essa legislação sobre o seu, o meu, o corpo d@ outr@ de forma assimétrica: há, nessa intricada fórmula, elementos essenciais para que a polícia do sexo aja eficientemente em suas políticas de controle. Para cada categoria identitária, se você é lido socialmente como homem, mulher, trans, cis, negro, negra, gay, hétero, jovem, idos@ etc. etc., haverá um manual de controle específico.
Práticas sexuais dissidentes tornarão você um “anormal”. Sadomasoquismo, fisting,rosebudscat, “chuva dourada”, ménages, surubas, duplas, triplas penetrações, inúmer@s parceir@s por semana, sexo sem camisinha e muitas outras possibilidades destoantes do sexo “limpo, seguro e saudável” serão rechaçadas, e pode se preparar para a regulação: a vigilância e a punição por tais escolhas “ousadas” certamente virá. Obviamente, a ideia de “escolha”, ouso afirmar, será substituída pela noção de pecado, perversão e/ou doença. Ciência e moralidade parecem muitas vezes se retroalimentar, fortalecer uma à outra.
Estava pensando em como, por exemplo, as boates gueis têm fechado sistematicamente seus quartos escuros (dark rooms), e pondo seguranças nos banheiros para impedir a pegação, e de como as saunas têm se tornado lugares enfadonhos e “respeitáveis” (com suas devidas exceções, certamente). A emergência de uma cultura guei viabilizada pelo capital, há algumas décadas, transformou esses lugares em vitrines de corpos blasés e points de bichas finas e tediosas, como já refletido por Carlos Henrique em texto anterior aqui no blogue. Em reação a esses grandes “shoppings centers” assépticos de sexo que se tornaram os lugares de pegação, emergem os pequenos clubes dos centrões das cidades, como os de Salvador: cabines de sexo em que são cobrados valores irrisórios, ambientes simples, mais baratos, e que atraem um público mais “solto” em relação às grandes saunas. A pegação rola, segundo minha vivência, com muito mais intensidade nesses lugares. Outros locais públicos como praias, banheiros e escadas de emergência dos shoppings centers também são rasurados por corpos sedentos de desejo e vontade de se encontrar.
Da revolução sexual dos anos 60/70 à crise da AIDS nos anos 80, os grupos sexuais e de gênero dissidentes são os que sofrem com muito mais impacto os efeitos do controle estatal biopolítico sobre os corpos. Repatologizados, atacados, cerceados pelo Estado e por instituições como a escola, a medicina, as religiões, gays, lésbicas, transexuais, mulheres, usuários de drogas, putas e outras vivências alternativas às normas travam hoje batalhas para (r)ex(s)istir. O cruel assassinato do jovem gay João Donati, recentemente, despertou inúmeras reações, inclusive de gays, apontando como ele foi culpado pela própria morte, ao assumir os riscos de viver uma “vida promíscua”. Fiquei estarrecido, pois, mesmo em um momento tão triste como esse, no qual muitas pessoas se mostraram abaladas diante da violência do crime, uma vida ceifada brutalmente!, alguns/algumas são capazes da atrocidade de culpabilizar a vítima, uma vítima de crime de ódio, de homofobia.
E não venha usar o argumento da “prosmiscuidade”, pois o corpo é meu, eu dou a quem quiser, a quantos quiser e tenho o direito a minha integridade física. Essa postura é fascista, desumana e me provoca asco. As pessoas que vociferam tais discursos são tão culpadas quanto o(s) assassino(s) do rapaz, pois contribuem diretamente com os crimes de ódio tão frequentes.

Deixo aqui meu recadinho para alguns setores dos movimentos LGBT e feministas que assimilaram “estrategicamente” as leis da heteronormatividade como manobra para a conquista de direitos e mudanças sociais, em um movimento de defesa de certos modelos de vida como ideais: há quem queira casar, aderir a modelos monogâmicos de relação e construir suas relações a partir dessas escolhas e há quem queira comer e dar para todo mundo, experimentar outras possibilidade de gênero, e isso não significa um erro, um problema, um surto, uma patologia. Ambas as escolhas precisam ser respeitadas. Que tal pensarmos nos usos mais diversos do corpo como políticas de vida (e ressignificação da existência)? Repensarmos o moralismo que estigmatiza as e os trabalhador@s sexuais, por exemplo?
Eu às vezes sinto que a força centrípeta que incide para impedir minhas experiências descontínuas e intensas é imensa e isso às vezes me cambaleia, porém minha pulsão de desejo, aqui pensado como um manifesto de vida, resiste e continua. E pulsa. Pulsa. Pulsa. Derrama. Se espalha. Como a estrela que se acende nos momentos mais imprevisíveis, em desejos mais improváveis, nas pessoas mais incertas, em águas frias de piscinas que se revolvem como oceanos devoradores.

Fonte: http://www.ibahia.com/a/blogs/sexualidade/2014/09/18/meu-cu-para-os-seus-bons-costumes-sobre-respeitabilidade-e-promiscuidade/

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Melhor Tratamento para GLBT Reclusos

Resolução garante espaço exclusivo para gays e travestis nas penitenciárias




Uma resolução publicada na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União estabelece parâmetros de como devem ser tratados lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) em instituições de privação de liberdade. Uma das determinações é que a pessoa travesti ou transexual tem o direito de ser chamada pelo nome social, de acordo com seu gênero. O nome social deve, inclusive, constar no registro de admissão no estabelecimento prisional.
Outro item da resolução estabelece que deverão ser oferecidos espaços de vivência específicos às travestis e aos gays privados de liberdade em unidades prisionais masculinas. A transferência da pessoa presa para o espaço de vivência específico ficará condicionada à sua expressa manifestação de vontade.
As pessoas transexuais masculinas e femininas devem ser encaminhadas para as unidades prisionais femininas, registra o texto. Às mulheres transexuais deverá ser garantido tratamento isonômico ao das demais mulheres em privação de liberdade.
Deve ainda ser garantido à pessoa LGBT, em igualdade de condições, o benefício do auxílio-reclusão aos dependentes do segurado recluso, inclusive ao cônjuge ou companheiro do mesmo sexo. A resolução prevê também que ao travesti ou transexual preso seja permitido o uso de roupas femininas ou masculinas, conforme o gênero, e a manutenção de cabelos compridos, aos que desejarem, garantindo os caracteres secundários de acordo com sua identidade de gênero.
Outro ponto garante o direito à visita íntima para a população LGBT, a exemplo do que ocorre com os demais presos. Já à pessoa travesti, mulher ou homem transexual em privação de liberdade, devem garantidos a manutenção do seu tratamento hormonal e o acompanhamento de saúde específico.
A transferência compulsória entre celas e alas ou quaisquer outros castigos ou sanções em razão da condição de pessoa LGBT são considerados tratamentos desumanos e degradantes, segundo a resolução.
A norma é assinada conjuntamente pelo presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Herbert José Almeida, e o presidente do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, Gustavo Bernardes Carvalho.

Fonte: http://www.superpride.com.br/2014/04/resolucao-garante-espaco-exclusivo-para-gays-e-travestis-nas-penitenciaria s.html

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Chegamos ao 6º Mês...



Olá pessoal, hoje estou escrevendo algo que esperei ansiosamente para postar: o 6º mês em que estou com uma pessoa maravilhosa! Na verdade, não estamos namorando, apenas "nos pegando", mas acabei me envolvendo de tal forma - e acho que ele também - que vivemos quase uma relação e vou descrever para vocês um pouco da nossa relação:
Foi exatamente no dia 01/03/2014 que você chegou naquela manhã de sábado. Estávamos tão tímidos e tensos que parecia até ser a nossa primeira vez, eu estava muito tenso como se fosse a minha primeira vez, parecia um virgem! Você me pediu que não me apegasse, eu disse que sim e de pronto fomos para o quarto. Você deitou na cama e seu perfume ali ficou, até hoje eu sinto seu cheiro e sua presença quando me deito.
Eu estava trêmulo até deitar ao seu lado, e ser acolhido por seus braços firmes e sentir seu corpo quente, até seus lábios molhados tocarem os meus, por fim, estava totalmente rendido a você e não sei como, não tinha forças para mais nada a não ser te desejar. Me entreguei a você e desde então, entre idas e vindas brigamos, fomos bestas, sou feliz ao seu lado.
Só não pude cumprir a promessa de não me apegar, para mim aquele momento era só pelo sexo, mas não sei o que aconteceu que fui perdendo o controle de mim mesmo, me vi chorando por você, correndo atrás de você, relevando e até deixando passar tantas coisas por você. Confesso que muitas vezes eu mesmo não me reconhecia, e quantas vezes parava em frente ao espelho me perguntando o que eu estava fazendo, eu não entendia, não sabia porquê me pegava tanto pensando em você.
O que estava acontecendo comigo que quando você estava longe eu me sentia vazio, quando você estava com alguém eu sentia ciúmes, quando você não estava bem eu me sentia preocupado. Só o tempo pode trazer a resposta deste sentimento. O amor realmente é sofredor, eu te amo, e isso não consegui controlar, foi algo maior e mais forte do que eu. Quando tentei prender este sentimento, ele já tinha pulado em meu peito. Você é o homem que não sinto vergonha de amar, mesmo não tendo o mesmo retorno, não importa, o importante é que você me deixe te amar.
São seis meses, quase um ano em que para mim cada dia ao seu lado é como se fosse o primeiro. Por isso não posso deixar de mencionar este momento tão especial para minha vida de te dizer "te amo como nunca amei ninguém, te quero como jamais quis alguém."




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