segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Como Crianças Reagem ao Assistirem Pedido de Casamento Gay

Preconceito não é algo natural. O amor é!

A primeira coisa que gostaria de deixar claro é que não se trata de envolver as crianças na luta por direitos de quem quer que seja. Apesar de fazerem parte da sociedade, elas ainda são muito jovens e não devem ser usadas como arma ou argumento por nenhum dos dois lados. O importante na forma como essas pessoinhas reagiram aos pedidos de casamento é a espontaneidade com que elas parecem aceitar o fato de que dois homens e duas mulheres desejam se casar. A surpresa inicial com a composição inusitada dos casais é gradativamente substituída pela constatação de se duas pessoas se gostam não há razão para que elas não fiquem juntas.
“Mas esse lance de ser gay está na moda e essas crianças e jovens estão apenas repetindo o discurso que eles ouvem por aí”. Concordo que no caso dos mais velhos existe a possiblidade deles serem reféns do politicamente correto e estarem reproduzindo argumentos socialmente aceitáveis para evitar serem chamados de reacionários. Mas não acredito, de verdade, que uma menina de seis anos consegue elaborar um raciocínio como esse e assumir uma postura só para que os outros não pensem que ela é preconceituosa.

Assista ao vídeo:


De uma forma geral, é muito interessante ver a forma como os pequenos reagem às imagens mostradas. Mas eu gostaria de destacar a participação da Samirah. “Um cara pedindo outro cara em casamento? Uma mulher pedindo outra mulher? Que coisa mais maluca” diz a menina de sete anos no começo do vídeo completamente confusa. Mas, passado o “susto” inicial, ela parece encarar bastante bem o fato de existirem relações entre pessoas do mesmo sexo. Ao ser informada que algumas pessoas ficaram incomodadas ao ver aquelas cenas ela responde. “Eu não entendo porque alguém ficaria incomodado ao ver essas cenas.”
Ao serem questionadas sobre terapias capazes de “curar” à homossexualidade, com algumas variações as repostas das crianças podem ser resumidas no que disse Jayka, de 10 anos. “As pessoas não devem mandar assim em outras. Se forem coisas da escola, como o vocabulário, ou saber soletrar, tudo bem. Mas quando é sobre você mesmo, não deixe que as pessoas te digam o que fazer”.
Claro que é impossível tirar conclusões sobre todo mundo a partir de alguns depoimentos. Mas a forma natural com que elas encaram a relação entre pessoas do mesmo sexo talvez indique que uma mudança importante pode estar em curso. Uma transição para um tempo em que a orientação sexual de alguém vai deixar de ser fator de segregação e passará a ser encarado com naturalidade, apenas como um dos inúmeros aspectos que compõem o ser humano.

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