segunda-feira, 30 de julho de 2012

CAPÍTULO XI - PARTE XI


Após a sessão de risos – quando Ana terminou de limpar a cozinha – Ana foi lavar alguns panos, Felipe estava com um pouco de sono e eu ofereci a cama onde eu dormia para ele descansar por algum tempo para não ficar cansado à noite. Quando a gente chegou no quarto, Otávio estava deitado, fizemos o mínimo de barulho possível para não despertá-lo, antes de Felipe deitar. Eu me certifiquei que meu primo estava dormindo, mas acho que ele já estava na décima parte da sesta da tarde.
Felipe relutou em deitar-se ali, ao lado de Otávio para não causar problemas, mas eu insisti que ele fosse deitar um pouco. “Já não sei se conseguirei dormir um pouco com seu primo do meu lado”, pestanejou ele, então, o empurrei e ele entrou de vez no quarto. Olhando para mim e vendo que não tinha outra saída, deitou-se ali mesmo e lá ficou. Por “medida de segurança” fiquei na porta do quarto observando os dois deitados para me certificar que Otávio não levantaria naquele exato momento.
Fiquei por uns três minutos ali, imóvel observando-os, até que decidi pegar meu livro e descer para ficar lendo na sala, Felipe virou-se para outro lado da cama, encostei a porta do quarto e fui para a sala. Sentei no sofá para ler, mas naquele silêncio em que estava a casa, em poucos minutos de leitura as letras já estavam dançando diante de mim, que nem percebi quando pisquei meus olhos e eles não mais se abriram, eu estava sentado com as pernas no sofá e aos poucos fui arriando o livro sobre mim, até que, ele caiu no chão quando fui ataco por um sono profundo que me pegou indefeso e totalmente desprevenido.
Ana passou por mim por várias vezes, e, em uma dessas vezes, ela até tentou me acordar me cutucando de leve, apenas entreabri meus olhos e depois voltei a dormi. Durante o final de semana a roça não é considerado o melhor lugar porque a maioria das pessoas vão para a cidade fazer compras, vender mercadoria e visitar amigos e familiares que moram por lá.
Depois de um tempo – muito tempo por sinal – eu ouvi um barulho de carro chegando, levantei assustado para ver quem era, olhei por uma das janelas e pude ver que eram meus tios quem estavam chegando. Então pensei “se são eles quem estão chegando, que horas deve ser?” Quando olhei no relógio, já passava um pouco das quatro horas.
Assim que levantei do sofá, meus tios já estavam abrindo a porta conversando um com o outro, ajudeio-os a pegar algumas coisas que eles trouxeram, logo após Ana também veio para ajudá-los. Falei que Felipe já tinha chegado e que estava descansando para a noite no quarto com Otávio.

21 comentários:

  1. Depois de muito tempo, aos poucos voltarei postar novamente partes do conto "A Viagem".

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