domingo, 23 de dezembro de 2012

Apenas de Passagem, Marcas que Deixou...

Olá galera, depois de tanto tempo sem postar nada nesse blog, hoje retorno para contar algo que me deixou um tanto quanto perturbado nesses últimos dias. Primeiramente minhas desculpas sem vergonha por ter literalmente abandonado vocês, é que estava em fase de intensa construção do meu TCC e todo o tempo que me restava entre trabalho-estágio-faculdade era para fazer meu artigo monográfico, por isso os deixei por um tempo.
Bem, voltando ao que eu quero compartilhar com vocês, o que me aconteceu foi o seguinte: no local onde eu estou trabalhando, eles estão com um produto novo e para isso, a empresa contratante dos nossos serviços enviou alguns funcionários para nos dar suporte nos primeiros meses enquanto nos acostumávamos com o produto. 
Eu chegava diariamente, sentava no meu lugar quietinho e fazia o meu trabalho, saia nos meus horários e cumpria sempre a escala. Todos os dias era essa rotina que indicava tudo estar bem, até que um dia, um dos funcionários da empresa contratante chegou por lá para nos ajudar. 
A primeira vez que vi aquele cara fiquei encantado com ele: um belo homem, de aproximadamente 35 anos - eu acho - , entre 1,75 de altura, corpo um tanto quanto definido, olhos claros, aspecto sério, cabelos lisos, etc. Era tanta coisa naquele cara que eu ficava sem ar! Não tinha como não olhar para ele, as meninas disputavam a sua atenção, e até tinha uns gaiatos que também tentavam chamar a atenção dele. Ele sempre se portava como um homem reservado, chegava no horário, sentava no mesmo lugar e sempre que alguém precisava de sua ajuda, ele ia, respondia e voltava. Nada além disso.
Eu comecei a ficar inquieto com aquele cara, e decidi sempre sentar em um lugar em que pudesse vê-lo da melhor maneira possível, disfarçadamente participava das conversas das meninas em que ele era o assunto, mas sempre "atirando pedras", como se não estivesse nem um pouco interessado.
Durante muitos dias não sabia nada sobre ele, aquele homem de olhar introspectivo, me deixava encucado com aquele comportamento. Um dia, as coisas começaram a mudar, quando ele foi dar umas dicas na nossa equipe, de forma tão descontraída e simples ele conseguiu tirar as nossas dúvidas. Eu não tirava os olhos dele e sempre torcia para que em algum momento quando eu necessitasse de ajuda, ele viesse, isso só aconteceu duas vezes, porém, mesmo assim foi muito satisfatório para mim.
Depois de uns dias, comecei a pensar que ele percebeu meu interesse em sua pessoa, porque eu não conseguia - por mais que eu quisesse - tirar os olhos dele. Aquilo me deixava perturbado, aquele homem tão bonito, inteligente, da voz firme, estava tão perto de mim e ao mesmo tempo tão longe! Ele às vezes me olhava e me pegava olhando-o tão diretamente, eu procurava disfarçar até mesmo para que nem ele nem as outras pessoas percebessem, mas aquilo estava ficando maior do que eu conseguia suportar.
Certo dia, eu fui até ele fazer uma pergunta qualquer só para poder falar com ele, ele apertou minha mão - como era firme - e começou a me responder, achei aquilo um avanço - que idiota que sou - e não me dei por satisfeito. Outro dia, fingindo ter esquecido de perguntar outra coisa, fui até ele novamente, mas dessa vez ele pareceu-me indiferente, e achei que havia retrocedido em minha caminhada. Sempre procurava saber algo sobre ele e consegui descobri muito pouco, nada que me fizesse ter um fio de esperança para avançar...
Comecei a ficar temeroso porque quanto mais os dias se passavam, ia se aproximando o dia de ele voltar à sua cidade. Eu queria ter mais tempo, ser mais ousado, tentar alguma ação desesperada. Nossa, aquele homem tinha quer ser meu, porque, mesmo sem querer, ele invadiu meus pensamentos, minhas vontades e meus desejos, tomava os meus sonhos, e prendia o meu olhar! 
Minha vergonha era a minha maior inimiga, em um ambiente onde ninguém sabia sobre mim, não podia me comprometer nem comprometer a ele, por isso, preferi manter a distância. No seu último dia na empresa, eu  tinha trocado de horário, o vi apenas duas rápidas vezes, mas não pude falar com ele, nem meus dizer adeus! Hoje ele está longe de mim, talvez eu nunca mais o veja nem volte a falar com ele, mesmo tendo o adicionado nas redes sociais, ele me aceitou mas vejo que ele é mesmo homem, que não se interessaria por outro, e se fosse, seria muita pretensão minha ser o escolhido.
Geralmente homens como ele, quando gostam de outros homens, geralmente preferem perfis semelhantes aos seus. Me consolo em apenas ter tido a oportunidade de vê-lo, porque na verdade, acredito que aquele homem não seria meu, mesmo ele me olhando tantas vezes, sei lá, ele olhava para todos os lugares, e eu tinha que estar sempre em algum lugar. Acho que acabei de iludindo involuntariamente, sem ele ter dito uma palavra para mim, sem ter nem sequer proposto nada, me lancei em uma utopia que acabou, mas deixou vestígios, e estes demoram a sair...

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