- Nossa, como você parece com sua mãe, faz tantos anos que eu a vi, mas ainda lembro dela como se ela tivesse partido ontem para a capital. Sabe, meu sobrinho, a gente era muito amigas e confidente, depois que ela foi embora, eu só achei outra amiga, mas amiga mesmo, depois de anos.
- Estamos muito contente – Falou meu tio Pedro – por ver você entre nós, Rafael. Por esses dias você fica aqui com seu Estevão e dona Julieta matando a saudade, depois, no meio da semana quando a gente vier na cidade, você vai para a roça conosco.
- Combinado tios. Eu irei para a roça, preciso respirar o ar do campo, ver vacas, bois, cavalos e porcos. Me lembro que estive aqui, mas foi há anos e creio que a paisagem do campo deve ser a mesma.
- Está certo primo. Aquela vista nunca muda, a árvore aonde a gente subia para ver as plantações ainda está lá, só esperando por você para a gente subir nela outra vez.
Todos estavam muito contentes com minha presença ali, e eu também estava contente com isso, para mim, é muito bom e importante se sentir querido e desejado pelas pessoas. Nós estávamos muito eufóricos para conversar, eles queriam saber de tudo sobre nossa vida na capital e eu sobre eles.
Na cozinha, tinha uma mesa farta me esperando, eram tantas coisas que eu nem sabia por onde começar. Ninguém tinha tomado café ainda porque estavam me esperando, mas o momento do café da manhã era uma das melhores horas do dia, quando todos estavam à mesa. Comemos muito, demos risadas e gargalhadas com tantas histórias que meus tios e meus avós contavam sobre eles, sobre Otávio e até mesmo coisas sobre minha mãe que ela nunca tinha me contado, nos divertimos muito naquele momento.
Eu sabia que minha estadia em Lagos seria muito boa, não sabia exatamente o quê ou como, mas tinha a certeza que passaria dias bem divertidos e emocionantes naquele lugar. Eu queria fazer tantas coisas ao mesmo tempo, que às vezes parecia que não conseguiria realizar tudo o que havia planejado, um mês parece muito, mas quando estamos fazendo o que gostamos, o tempo voa, que nem percebemos.
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