sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CAPÍTULO XI - PARTE XII


Eles estavam curiosos em conhecer Felipe, então, prontamente fui chamá-lo para descer e conhecer meus tios.
  • Felipe, acorde... meus tios já chegaram. Estão lá embaixo e querem te conhecer. Falei enquanto o acordava.
  • Seus tios já chegaram? Eu aqui dormindo... nossa que vergonha!
  • Calma, não se preocupe! Eles são super tranquilos.
Felipe levantou-se rapidamente e foi ao banheiro lavar o rosto para não mostrar sua cara de sono, Otávio também acordou e ficou sentando na cama por um momento terminando de acordar e assim que Felipe saiu do banheiro, ele logo entrou. Não esperei por meu primo, porque Felipe estava nervoso.
Meus tios estavam sentados no sofá tomando um refresco que Ana havia preparado, e assim que me viram descer com Felipe, levantaram-se para cumprimentá-lo.
  • Tio Pedro e tia Gloria, esse é Felipe.
  • Muito prazer rapaz – falou meu tio – saiba que todos os amigos do meu sobrinho são muito bem vindos aqui.
  • Prazer Felipe, pode ficar à vontade e qualquer coisa que você precisar, é só avisar tá bom? Falou tia Gloria em terna voz.
  • Está bem então, assim eu fico até mais à vontade, eu estava nervoso porque os donos da casa chegam e a visita ainda nem conhece e já está dormindo.
  • Não se preocupe com isso, falei para Otávio de receber muito bem em nossa casa. Disse tia Gloria.
Nós nos sentamos no sofá enquanto Ana trazia refresco para mim e Felipe. Meus tios começaram a conversar com Felipe, faziam várias perguntas sobre a parte da família dele que mora aqui para saber se são conhecidos ou não. Logo Otávio desceu, ainda Ana nos servia e ele pediu refresco para ele também e começou a participar da conversa conosco.
Quanto mais falava com meus tios, Felipe se sentia mais tranquilo e com liberdade para falar e até mesmo para fazer algumas piadas de algo que falavam. Aquele sim era o homem que eu tinha conhecido dentro daquele ônibus de viagem, uma pessoa natural que tudo que fala e o modo como fala é aceito pelas pessoas.
Em alguns momentos a gente ria, outras vezes, todos ficavam estáticos ouvindo Felipe falar, eu olhava para tio Pedro, tia Gloria, Otávio e até para Ana que ainda que de canto, participava da conversa. Todos – menos Otávio que só estava fazendo cena de bonzinho para os pais – estavam demonstrando ter gostado de Felipe.
Depois de quase duas horas conversando – eu acho – meus tios pediram licença e foram para seu quarto tomar banho, trocar de roupa e descansar um pouco até a hora do jantar. Ana recolheu os copos e foi para a cozinha, ficamos só eu, Otávio e Felipe na sala; aí começamos a conversar sobre a roda de fogueira. Otávio nos explicava tudo: como era, o que acontecia e quais os tipos de pessoas frequentavam esse “evento”.
Estávamos muito entusiasmados com tudo aquilo, queria conhecer e participar de tudo, aproveitar cada momento, já que não havia outro meio ou local de diversão para as pessoas que moram mais afastadas do centro da cidade. Seria um bom momento também para observar como é que Felipe se comporta quando está em festas se divertindo, e suas táticas de paquera, se ele realmente é pegador o não.
Enquanto Otávio falava, me levantei e fui até à janela, pude perceber que o tempo estava se fechando, nuvens densas começam a aparecer no céu. Só não poderia chover justamente na hora em que a gente ia sair senão teríamos que passar o resto do sábado em casa vendo televisão ou conversando.
Eles não demonstraram preocupação quanto ao tempo, então Otávio foi para o quarto se arrumar, eu e Felipe fomos logo depois começar a separar nossa roupa, eu também fui arrumar minha mochila porque eu queria voltar com Felipe para a cidade, queria aproveitar cada minuto que pudesse ao lado dele. Separamos nossa roupa enquanto meu primo estava no banheiro, o silêncio pairava no quarto, então decidi quebrar o gelo.

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