domingo, 19 de agosto de 2012

Casamento, e de Verdade!

São Paulo realizada primeiro casamento gay da cidade




primeiro casamento civil gay da cidade de São Paulo aconteceu, às 11h45 deste sábado, no Cartório de Itaquera, na zona leste da capital. Os noivos, o professor, agora chamado Mário Perrone Grego, de 46 anos, e o técnico em enfermagem, Gledson Perrone Grego, de 32 anos, estão juntos desde 2002 e viviam em união estável. Agora, com base em um acórdão que autoriza o casamento civil de pessoas do mesmo sexo na cidade, conseguiram oficializar a união, em frente a um cartório. O acórdão foi publicado no dia 6 de julho de 2012 no Diário da Justiça.
O casal vestia uma camiseta ilustrada por uma foto de ambos. Os noivos se emocionaram bastante durante o casamento. "É muito lindo você lutar e conseguir", afirmou Mário, que chorou muito. "Foi uma emoção só, foi a conquista de um direito que estávamos lutando há anos", completou. Gledson afirmou que a união o fazia se sentir "mais igual aos outros cidadãos". Cerca de 25 pessoas, entre familiares Mário e amigos do casal, acompanharam a cerimônia em Itaquera. A família de Gledson não compareceu, porque ainda não apoia a união. O casamento foi realizado pela juíza Janete Berto Pereira, que, empolgada, afirmou que em 25 anos de profissão, nunca havia casado pessoas de mesmo sexo.
Anteriormente chamados Mário Domingos Grego e Gledson Perrone Cordeiro, os noivos fizeram questão de casar no bairro onde moram para incentivar o casamento de outros casais homossexuais, provando que os direitos também são válidos na periferia. Além de casados, eles já possuem uma casa em Itaquera.
Para Gledson, o casamento civil é mais legítimo que a união estável, pois a Justiça passa a considerá-los um casal, com todos os direitos trabalhistas e previdenciários, e também fica pressuposto o laço de afeto que existe entre os dois. Mário enumerou alguns dos direitos conquistados pelo casal: "Temos direito a herança de bens, união na declaração de imposto de renda e também a questões relacionadas à previdência ficam mais fáceis", conta. No caso de Gledson e Mário o casamento foi feito por comunhão parcial de bens.

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