domingo, 4 de novembro de 2012

Então eu disse NÃO!

Olá pessoas, primeiramente quero me desculpar porque os deixei abandonados nesses últimos dias, mas justifico que, estou no final da minha graduação e estou fazendo o meu TCC - quem já fez ou faz sabe como é - e estou quase sem tempo nenhum, sem falar de trabalho e ainda ter que ir para a faculdade, então, cada tempo que sobre é precioso para eu adiantar cada parte desse trabalho. Mas informo também que, isso só vai durar - eu espero - até a primeira semana de dezembro quando apresentarei o trabalho e ficarei livre.

Bem, estou escrevendo para contar sobre a minha conversa com o Michel. Como já havia falado a vocês, há alguns dias o Michel vinha me pedido para retornar para ele, sempre me apresentei relutante porque não queria viver com uma pessoa que estava envolvida com outra, pois pra mim isso não rola. 

Mas voltando, eu em uma noite de terça-feira, ele me ligou e a gente ficou conversando, ele me perguntou se eu já tinha decidido se voltaria ou não para ele, eu queria falar com ele pessoalmente e em outro momento porque ele estava muito fragilizado devido a algumas coisas que tinham sucedido, também porque não gosto desse negócio de resolver assuntos tão pessoais por telefone, mas como ele preferiu daquela maneira, acatei sua ideia. Como gravei a conversa, vou transcrever parte do que resume muito o que falei:

EU: Vou ser bem prático, porque afinal a gente já tem uma certa liberdade para conversarmos. Não precisa de rodeios. Acho assim que já era um tanto esperado de você que eu responderia que NÃO aceitaria voltar para você. Essa é a minha resposta. Acredito que de uma forma ou de outra, talvez você sentisse ou pressentisse, não sei com relação a isso.  Eu no momento não tenho interesse na volta da gente, não tanto pela questão dos traumas que ficaram, mas pela questão do que se quebrou e do que se perdeu. Como eu disse uma vez: o vaso depois que é quebrado nunca mais volta a ser o mesmo. Acredito que como você mesmo disse "Deus permitiu tudo isso talvez para que a gente pudesse ver que não daria certo, que não iria para frente", que apesar de termos alguns objetivos em comuns,mas outras coisas, outros propósitos são divergentes, e nesse contexto também tem a questão de você estar muito preso a Luciano, mesmo você dizendo que não, acredito que um ato fala mais que mil palavras e eu não quero ninguém comigo preso a outro, não quero um relacionamento manchado ou marcado...
ELE: Venha cá, deixa eu entender uma coisa aqui, você está dizendo que não quer voltar é isso?
EU: Não quero voltar, no momento não quero e nem tenho interesse...
ELE: Jesus na causa, agora o baque foi maior, eu tinha entendido outra coisa!
EU: Acredito que só a nossa amizade já está suficiente, mas...
ELE: Meu Deus do céu, chega a lágrima caiu agora do olho aqui. Eu esperei tanto essa volta...
EU: Eu não posso voltar agora para você porque é uma coisa que eu não sinto entendeu?
ELE: Me responda duas coisas: Você tem alguém em sua vida hoje?
EU: NÃO!
ELE: E por que você não me dá essa oportunidade?!
EU: A questão não é dar oportunidade, para que a gente possa dar uma oportunidade a gente tem que querer e isso é algo que eu não quero. Acho que o que tínhamos que viver a gente viveu, naqueles dias, naquele momento...
ELE: Poxa... eu te amo tanto!
EU: Você não me ama, você sabe disso.
ELE: Amar eu não amo realmente, mas eu tô a cada dia me apegando mais a você.
EU: Um apego, uma afeição, um sentimento, um desejo, mas não é amor. Isso não é suficiente!
ELE: Me dê essa oportunidade...
EU: Isso não seria justo comigo e com você mesmo, meu bem. Voltar para você só porque você está pedindo, quando o meu coração não está pedindo isso. Até mesmo porque você precisa de uma pessoa que esteja disponível para te dar assistência, que seja totalmente voltada para você e eu não sou assim infelizmente; tenho meus planos, meus projetos, meus desejos, tenho meus momentos de me voltar para mim e isso não funciona com você. Acredito que é dar murro em ponta de faca. Acho que a gente pode viver uma amizade muito boa, sem sombra de dúvidas...
ELE: Ai meu Jesus, é baque em cima de baque...
EU: Não é baque em cima de baque. Não é pra tanto, acho que tudo tem o seu tempo e a gente teve o nosso tempo, e passou, quando a gente terminou naquele dia, ali, logo após o carnaval eu praticamente estava decidido a não ter nenhum relacionamento mais, embora o coração ainda quisesse mas ao momento em que eu via atitudes suas, coisas suas, eu fui deixando de querer que cheguei ao momento de não querer mais.
ELE: Ai meu Deus, vou ficar com quem agora, pelo amor de Deus?
EU: Você vai viver a sua vida normal.
ELE: Vou fazer voto de castidade...
EU: Não precisa fazer voto de castidade, você pode muito bem viver a sua vida normal, no dia e no tempo certo vai aparecer alguém que vai realmente te completar, vai entrar na sua vida e transformar, fazer você experimentar o que é realmente ser feliz.
ELE: Tá bom, não quero mais falar sobre isso não. As lágrimas estão descendo aqui. Eu já vi que não vou ser feliz mais nunca!
EU: Isso é exagero desmedido da sua parte.
ELE: Oh, se eu não posso ficar com a pessoa que eu gosto, então acabou para mim o mundo.
EU: Não, o mundo não se acaba por causa de uma pessoa, muito pelo contrário, a vida continua. Assim como eu juntei os destroços e me reergui, você também tem que se reerguer.
ELE: Eu te feri bastante não foi?
EU: Eu não vou dizer que não, com certeza. E assim, tudo isso foi consequência de um processo em minha vida. Eu me lancei cegamente em uma coisa e quase caio de uma altura terrível. Graças a Deus eu não caí, mas me ralei e me machuquei muito. Mas me levantei para ser uma outra pessoa. Você me ensiou muito, me ensinou a ter autonomia sobre o meu sentimento...
ELE: Ai Jesus...
EU: Mas isso não quer dizer que a gente não vá passar por outros momentos, viver muitas coisas juntos.
ELE: Desculpa qualquer coisa...
EU: Não precisa se desculpar, o que passou passou meu bem, acabou. Os dias que ficaram para trás passaram, não tenho mágoas nem ressentimentos. Só não tenho desejo, infelizmente não tem como...
ELE: Tá bom, tchau, obrigado por tudo...
EU: Tudo bem então...
ELE: Ai, como a vida é cruel!
EU: A vida não é cruel, a gente tem que saber viver cada momento que nos acontece. Não são só os momentos bons, tem os ruins também.
ELE: Mais do que os que já estão acontecendo comigo?!
EU: Porque quando vem tudo de uma vez só, depois não virá mais nada, só virão as coisas boas, você vai ver.
ELE: Ai meu Pai, se a morte viesse para mim hoje eu iria de braços abertos.
EU: Que besteira, isso é uma besteira que você está falando. Nada a ver, muito pelo contrário...
ELE: Tá bom, tchau, as lágrimas estão descendo demais...
EU: Tá bom meu bem, tchau. fique em paz...

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