Mykonos, pedaço do paraíso
10 de setembro de 2012 às 19:33. Por: Redação
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Poucos destinos turísticos internacionais são considerados tão gays quanto Mykonos. Saiba porque a ilha grega recebe tantos turistas gays e programe sua próxima viagem.
por Luiz Paranhos
A ilha grega reúne menos de 10 mil habitantes em território de apenas 85 quilômetros quadrados, área menor que muitos municípios brasileiros de pequeno porte. Ainda assim, atrai todos os anos uma verdadeira legião de rapazes que curtem rapazes. É tanto que muitos héteros em viagens pela Grécia chegam a evitar passar alguns dias em Mykonos devido à crença de que a ilha é exclusivamente gay. Esse pensamento é de certa forma exagerado, tendo em vista que o local recebe bem a todos, sem distinção. Mas há de se dizer que tal crença não existe à toa. Mykonos goza da reputação de ser uma ilha libertária, onde os visitantes homossexuais podem – e devem – sentir-se em casa. Por lá, hedonismo é a palavra de ordem.
Mas antes de cair na esbórnia com gregos e outros visitantes de todas as partes do mundo, é preciso planejar bem sua viagem. É fundamental que você decida com antecedência que tipo de transporte usará para chegar à ilha e, se possível, comprar os bilhetes o quanto antes. Há várias opções de transporte que levam àquele pedaço do paraíso. A mais barata (e mais lenta também) são os ferries. Vários deles saem do porto Piraeus, situado a meia hora do centro de Atenas. Em média, o trajeto até a ilha é feito em pouco mais de 5 horas. Mas antes de comprar o bilhete é preciso verificar a quantidade de paradas que a embarcação faz pelo caminho, que pode ser de uma até seis, o que pode tornar o trajeto cansativo.
Quem não dispõe de tanto tempo pode optar pelos highspeeds, catamarãs também chamados por lá de flying cats. Esses custam mais caro, cerca de 40 euros em média, porém chegam ao destino em cerca de 3 horas. Já os mais apressadinhos sempre podem optar pelo avião. A Olympic e a Aegean são duas companhias que operam no trecho Atenas-Mykonos, com voos durando menos de 40 minutos. Mais uma vez, a dica aqui é comprar as passagens com a maior antecedência possível. Efetuando o pagamento cerca de 3 meses antes do embarque, é possível viajar por menos de 40 euros, já com as taxas de embarque inclusas.
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Compromisso com o prazer
Hoje um dos destinos mais badalados da Europa, Mykonos era uma ilha bastante calma até a segunda metade do século 20, quando Jaqueline Onassis transformou o lugar em destino de verão preferido dos frequentadores da high-society. Chamada também de capital GLS do Mediterrâneo, Mykonos oferece um verdadeiro leque de opções de lazer para o turista gay, tanto durante o dia quanto à noite, principalmente se você resolver visitar o lugar durante o verão do hemisfério norte (de junho a setembro).
Enquanto o sol está a pino, o ideal é dividir o tempo entre as praias e as vielas do vilarejo de Chora, maior da ilha e também conhecido como Mykonos Town. O lugar é cheio de prédios com arquitetura típica daquela região: casinhas brancas que lembram cubos, cercadas por varandas quase sempre floridas. Impossível não ter prazer em se perder pelo “labirinto” de pequenas ruas que escondem agradáveis surpresas.
A rua mais movimentada, a Matoyianni, concentra um bom número de lojinhas de parada obrigatória, além de restaurantes modernos e cafés tradicionais. Impossível passear por ali e não conhecer a Panayia Paraportiani, igreja que na verdade é uma reunião de 5 templos e motivo de orgulho para os nativos. Outro ponto da ilha que merece visita é a região conhecida como Little Venice (ou Pequena Veneza). O conjunto de edificações supostamente construído por piratas do século 16 impressiona por estar colado ao mar, resistindo à força da natureza por tanto tempo. É uma região cara, mas o charme das varandas debruçadas no oceano valem nem que seja uma passadinha.
Os diversos moinhos de vento espalhados pela ilha também ocupam o posto de cartão-postal. Há mais de 300 anos eles serviam para moer o trigo consumido pela população local, mas hoje alguns abrigam museus que ajudam o visitante a entender mais da história da ilha, que na Antiguidade foi ocupada por povos como egípcios e fenícios, além de ter sido palco da famosa batalha entre Zeus e os Titãs, de acordo com a mitologia grega.
Já se o seu intuito é ver, ser visto e paquerar muito, as praias da ilha são a melhor pedida. Você pode descobri-las de ônibus ou alugando um meio de transporte próprio. Caso você prefira a última opção, a scooter é de longe a melhor pedida. O aluguel das motocicletas é relativamente barato e a sensação de desbravar um lugar tão lindo sentindo a brisa no rosto não tem preço.
Mas o turista que não tem espírito tão aventureiro pode pegar um dos diversos ônibus que saem do centro de Mykonos Town com destino às praias de Paraga, Ornos e Elia, por exemplo. Como são de fácil acesso, estão todas quase sempre lotadas e atraem de famílias a turmas de amigos, de baladeiros a fãs do sossego.
Mas o bafo rola mesmo na Super Paradise, essa sim de frequência quase totalmente gay. Vale a pena disputar um pedaço da areia para estender sua toalha: o desfile de homens bonitos e bronzeados dura o dia inteiro, sem falar que praticamente toda a extensão da Super Paradise é dedicada aos adeptos do nudismo. Como é de se imaginar, ela fica um pouco afastada e é preciso disposição para chegar até lá. Mas o esforço vale a pena, e muito. Além de o turista poder sentir o prazer de tomar sol como veio ao mundo sem ser importunado, o clima de azaração entre homens rola solto e a pegação atinge seu ápice quando o sol começa a se por.
Quando a noite cai
O que não faltam em Mykonos são opções de jogação para o visitante gay. O Jackie O’, por exemplo, resgata a influência da senhora Onassis no destino da ilha e aposta nos bem humorados e infalíveis shows de drags para atrair seu público. Já o Ramrod tem entre seus pontos altos a belíssima vista para o porto. A clientela por lá é composta basicamente de homens muito jovens que curtem um estilo mais comercial de música. Tem pista de dança e um lounge perfeito para relaxar e para aquela conversa ao pé do ouvido.
Outra parada obrigatória para os mais fervidos é o Babylon, de ambiente pequeno, porém super charmoso e animado. Não longe dali, o Pierro’s é um grande point dos rapazes durante o verão. Na época em que a ilha está mais cheia, a rua em frente simplesmente lota de gatos dispostos a diversão sem censuras.
Homens gays de perfil mais tranquilo também encontram em Mykonos lugares mais tranquilos para um drink e sem o som alto que pode atrapalhar um bate-papo. Se você faz esse perfil, não deixe de conhecer o Kastro’s nem o Montparnasse. Ambos fazem a linha low profile, mas nem por isso menos animados. A frequência é composta basicamente de homens entre 40 e 50 anos e com bastante dinheiro na carteira.
Onde ficar
Há muitos hotéis gays ou gay-friendly na ilha de Mykonos. Confira alguns deles:
Alkyon
Luxuoso e super confortável, oferece uma das melhores vistas da ilha, além de uma cozinha impecável. www.alkyonmykonos.gr
Elysium
Um dos preferidos pelos gays, abriga festas animadíssimas. As pool parties realizadas lá costumam pegar fogo. No bom sentido, claro. www.elysiumhotel.com
Zorzis
Seu maior trunfo é a localização no centro de Mykonos Town, sem falar nas tarifas honestas e charme do prédio, construído no século 16. www.zorzishotel.com
Andronikos
Mistura sofisticação e rusticidade na medida certa. Tem área de ginástica completa para quem não abre mão dos exercícios nem nas férias. www.andronikos.gr
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