quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Andando em Laberinto

No sábado 21/12 eu fui trabalhar e depois da minha jornada, fiquei na sala conversando com outro colega. Esse colega, desde que mudou de turno aos poucos foi ganhando minha amizade e passamos a conversar bastante. Quando eu ganhei a aliança a postagem Um Presente Especial (Un Regalo Speciale), todos no setor onde trabalho ficaram muito curiosos para saber se eu tinha noivado e não avisei a ninguém, porém, como ganhei de um homem e ninguém ali sabe da minha condição, mantive a origem do anel em segredo. Decidi apenas contar para ele porque o percebi uma pessoa sincera e autentica, em quem se pode confiar, e a partir daquele momento nos tornamos mais próximos.
Aí, voltando ao sábado de referência, começamos a falar sobre religião e ele me trazia seu ponto de vista sobre a questão da "exclusão" das atividades de um membro da igreja que confessasse estar fazendo algo de errado, apesar de discordar em parte com ele, ele focou exclusivamente no preconceito que esse tipo de ação produz. Falamos sobre isso e a questão de que ninguém pode julgar ao outro porque somente a Deus é atribuída esta responsabilidade e que cada um de nós prestaremos contas a Ele.
Depois que fui pra casa comecei a refletir sobre aquilo tudo que falamos. Concordo que ele tem razão, mas fiquei pensando com relação à justiça divina e minha condição atual, será que haverá justiça para mim? Perguntei-me em determinado momento. Será que Deus me condenará? Fiquei com estas dúvidas na mente e totalmente angustiado. Na terça-feira - 24/12/2013 - eu fui para o trabalho e conversei um pouco com ele, falei sobre a nossa última conversa e como aquilo tinha me deixado completamente confuso.
Perguntei a ele se ele acreditava na justiça de Deus, e depois que ele explicou que sim, que cada um dará conta devido às suas obras, eu disse a ele "eu não sei se haverá justiça de Deus para mim, porque nunca pedi nada disso a Deus, não pedi para ele que acontecesse comigo e sei que não estou com um diabo pronto a se manifestar em minha vida". Ele disse que na verdade o que eu preciso fazer é tomar uma decisão em minha vida e começar a viver, escolher um caminho e segui-lo, mesmo eu contestando que uma escolha feita não tem como ficar mudando toda hora e que isso acarreta grandes impactos para minha vida como a perda de amigos e de tudo o que já conquistei, sem falar na vergonha e decepção familiar.
Prontamente ele me respondeu que se estas pessoas realmente forem meus amigos eles estarão ao meu lado, podem até não concordar com o que eu escolher para viver, mas continuarão sendo meus amigos e se vierem a me deixar, não vale a pena viver por eles. Ele também falou que não posso continuar vivendo na expectativa dos outros, ou seja, querer carregar as responsabilidades sobre mim, tenho que viver a minha vida, até mesmo porque ninguém pagará as minhas contas, mas ainda assim não é uma decisão fácil. Ele me disse que o que estiver nos planos de Deus para minha vida vai se cumprir de uma maneira ou de outra.
Bem, aquela conversa toda que tivemos foi muito boa para mim, não para resolver o meu problema que ainda não sei como criar forças e coragem para dar um basta de vez, mas sim para eu me sentir melhor comigo mesmo porque estava se sentindo sufocado, sabe, é complicado você querer desabafas com as pessoas e não ter alguém que te ouça e que te compreenda, não quero reprovação ou aceitação das pessoas, quero apenas compreensão e acho que ao menos nesse amigo - acredito que já posso assim chamá-lo - eu encontrei!

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