sábado, 3 de março de 2012

Pétalas ao Chão

Essa semana, eu estava na faculdade por volta das 19h, quando um número de telefone estranho me liga: era o Michel, eu fiquei alegre porque a gente estava sem se falar ha  uns dias. Ele me disse que tinha algo sério para falar comigo e que queria me ver, antes perguntou se a gente poderia conversar pela internet, eu disse que sim e imaginei logo que poderia ser nosso término. Fiquei a aula toda com essa aflição no peito.
Quando cheguei em casa, dei um tempo e depois fui para a net, quase meia hora depois ele entrou, perguntei logo se queria terminar e ele me disse que sim. Pra mim foi um susto, mas me contive, claro, ainda mais que ele disse que tinha observado algumas coisas no carnaval, aí eu pensei primeiramente que ele poderia estar brincado e sei lá, ia me pedir em casamento talvez, ou será que ele pensou que eu estava dando em cima de alguém? Mas não sabia, e preferi aguardar o sábado para a gente se encontrar e resolver isso.
Hoje, eu fiquei o tempo todo pensando nisso, aí fui ao local marcado, como cheguei cedo, dei um passeio pelo shopping e depois fiquei sentado na praça de alimentação lendo e escrevendo até que deu o horário aí eu liguei pra ele. Como ele já estava chegando, fui ao seu encontro e o encontrei com seu amigo Rafael, fomos levá-lo ao seu ponto de ônibus e depois voltamos, enquanto isso, eu queria logo saber o que o tinha levado a terminar nosso namoro.
Quando a gente chegou em um  local apropriado, ele começou a falar e eu somente o ouvia atentamente, segundo ele, o motivo do nosso término foi porque no carnaval a gente teve um desentendimento - conforme eu postei em Meu Carnvaval em SalvadorII - e dali ele percebeu que não daria certo a gente continuar juntos. Ele me enalteceu e encheu de elogios, aí falou que "você tem uma vida presa e eu não, eu sou livre!" fiquei muito entristecido porque, ainda que lentamente, eu estava me esforçando para alcançar a minha "liberdade" para viver publicamente ao seu lado, porém ele preferiu terminar a esperar.
Eu não procurei meios ou me justificar perante ele para ele perceber o quanto eu queria continuar nosso namoro, somente disse que ele foi uma pessoa que muito me completou, e que apesar de tudo eu aprendi muito com ele, ele me ajudou muito a avançar nas minhas decisões e a ter certeza das coisas que quero pra minha vida, mas que eu não ia pedir para ele não terminar porque eu acho que quando alguém quer estar junto deve ser espontaneamente, não porque o outro pede.
Teve um determinado momento em que ele segurou minha mão, deu um beijo nela e me pediu que deve um beijo nele, eu prontamente recusei porque não valia mais a pena ter nenhum tipo de envolvimento íntimo. Depois quando fomos nos despedir, nos abraçamos e ele mais uma vez tentou me dar um beijo, mas eu virei o rosto, disse a ele que não mais rolaria, nem de despedida, conforme ele tinha pedido! e cada um foi para o seu lado.
Na verdade, acho que o fator mais preponderante para o término não foi o episódio do carnaval, creio que foi - pelo que pude perceber em suas palavras depois - porque ele era cobrado pela presença do namorado ao lado, e eu não estava presente com ele. Para ele que tem nome, é envolvido em uma série de coisas, a imagem conta mais que a própria felicidade em si; ele já tinha dito isso da última vez que ele terminou comigo para voltar para o ex, que com o ex ele poderia mostrar o mundo GLBT que tinha alguém e comigo não era assim.
Eu sei que perdi uma pessoa maravilhosa, o homem que muito me ajudou, que esteve comigo, inteligente, e bom em várias coisas. Sinto agora que estou vazio, um pedaço de mim foi tirado, mas procurei colocar anestésico para não doer tanto... agora, vou seguir meu caminho, não pretendo pensar em ter ninguém por agora, exceto se aparecer, meu foco será meus estudos e meu plano de vida e carreira. Hoje - porque não sei o dia de amanhã - eu digo como disse a ele que não tenho a menor prentesão de voltar a ter nenhum relaciomento amoroso com ele nem casual, que no máximo só pode sobrar de tudo isso: A NOSSA AMIZADE!
Eu vou sentir falta da família dele e de seus amigos, pois por mais que diga que não, sempre a relação de amizade fica afetada no início, e eu tinha gostado tando se sua família, saber agora que "não será mais a minha também" não é tão simples assim, minha sogra querida, meus cunhados maravilhosos....! Eu tinha preparado um CD com músicas românticas que expressavam o meu sentimento por ele, mas agora, já não cabe mais presenteá-lo com isso... esse é o tempo agora em que as pétalas vão ao chão enquanto a flor vai murchando, matando todo o sentimento que um dia existiu.

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