domingo, 13 de outubro de 2013

Daniela, Malu e o CASAMENTO...

Coluna Vip: Daniela e Malu falam sobre preparação para o casamento; leia entrevista


Flores são o tema do casamento de Daniela Mercury e Malu Verçosa. Mais de quatro mil delas - especialmente orquídeas e rosas amarelas e brancas, as preferidas das noivas - estarão espalhadas, hoje, pela casa do casal, no condomínio Costa Verde, em Patamares, onde vai acontecer a festa. A ideia surgiu pouco antes das duas assistirem ao longa-metragem Flores Raras, que conta a história de amor entre a escritora americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares, interpretada por Glória Pires. “Quando vimos o filme, ficamos ainda mais certas da decisão”, conta Malu. Em meio aos preparativos para o casório, elas bateram um papo com a coluna, por telefone. Confira.


Onde e como vai ser a festa de casamento?
Daniela Mercury: Vai ser na casa em que moramos, no condomínio Costa Verde, em Patamares. É algo pequeno, para poucas pessoas, umas 200. São basicamente parentes e amigos muito próximos. A intenção é fazer uma pequena celebração junto com a união civil. Resolvemos falar publicamente e festejar, porque é uma informação que sai no Diário Oficial.


Quem são os convidados famosos?

DM: Amigos mais próximos das duas. Seu Jorge, Vovô do Ilê, Marcio Victor, Margareth Menezes, o prefeito ACM Neto...


Alguém vai conduzir a cerimônia?

DM: Estão todos muito curiosos, né? Casamento é algo que deixa as pessoas assim... 

Malu Verçosa: É um casamento artístico, poético e filosófico. É uma loucura! (risos). Juntou Daniela comigo e deu nisso. Não vai ter nada religioso. A gente até convidou amigos religiosos (como Mãe Carmem do Gantois), mas não para celebrar, apenas para participar. Vai ter apenas um juiz. Nós duas vamos declamar poemas e alguns trechos do nosso livro, Daniela e Malu - Uma História de Amor, que será lançado no mês que vem. 

Casais costumam eleger canções como deles. Quais são as músicas de vocês duas?MV: Tem uma música que chama Aiaiaiai, de Ivan Lins (É, às vezes tudo é lindo/ Às vezes tudo engana/ Mas basta um beijo teu e eu/ Ai, ai, ai, ai, ai, ai.../ Pudera, você é grande amor da minha vida...). Sempre canto para ela. É super antiga, pouca gente conhece ou lembra. Nos shows, Daniela canta sempre para mim Meu Plano. E Oyá Por Nós também. Ela diz que sou de Iansã. (risos) Tem também uma música nova, que ela compôs para mim e vai cantar no casamento. O nome é Amor  Sem  Argumento. 


O que mais vai rolar durante a festa?

MV:A gente está há uma semana fazendo um roteiro. Está mais difícil que escrever roteiro de programa de televisão no Carnaval! Toda hora vai, volta, entra coisa, sai coisa... São duas diretoras leoninas! O casamento vai passar e a gente vai estar fazendo roteiro! (risos). O povo já não sabe mais o que vai acontecer. Nem eu! Vai ter muita música. Gabriel Póvoas, o filho dela, vai cantar. Taís Nader, a nora, também. Danny Nascimento (ex-participante do reality show Fama, da Globo, e backing-vocal da banda de Daniela)...  A irmã dela, Cristiana... Tem primos, amigos... Todo mundo canta! Até minha sobrinha, Ana Maria Verçosa, de 16 anos, vai cantar Hallelujah, de Leonard Cohen. Daniela vai cantar a Ave Maria de Gounod...


Houve algum pedido especial para a decoração?
MV: Flores são o símbolo do nosso casamento, o tema. Haverá mais de quatro mil delas na decoração. Terão flores por toda parte. A aliança, feita por Carlos Rodeiro, tem uma flor de brilhantes, com cara de joia antiga. Elas também estarão nos vestidos, assinados por Iuri Sarmento (artista plástico). Compramos os vestidos de uma grife espanhola, mas prefiro nem dizer o nome, porque Iuri está fazendo uma transformação total neles. Está pintando, fazendo bordados à mão... Ele também pintou um quadro enorme, com um poema que Daniela fez para mim. Vai ser uma das principais peças de decoração da casa. 


Vai ter alguma apresentação musical?
MV:O DJ Zé Pedro vai fazer o som. Ah! E a promoter Nil Pereira está cuidando da organização. A gente entregou tudo a ela. A gente só ouve os barulhos, não sabemos nem o que tá acontecendo. Ela é perfeccionista e mais neurótica do que nós duas juntas. 


Quem serão os padrinhos?
MV: Marcelo Dantas (empresário de Daniela), Olívia Cavalcante (médica), Adriana Quadros (jornalista) e Cristiano Saback (empresário).


Onde vai ser a lua de mel?
MV: Em Fernando de Noronha, em uma pousada chamada Zé Maria. 
Daniela, de que maneiras este seu terceiro casamento está sendo diferente dos anteriores?


DM: O passado não existe mais. O presente é algo sempre tão novo. É o que me interessa.




Como você sentiu o julgamento das pessoas depois de anunciar o namoro com Malu?
DM: Sou artista, estou acostumada a transgredir. Na rua, temos apoio das pessoas de todo tipo. Estranho é quando alguns artistas comentam: “É uma questão pessoal dela”. Eu acho graça! (risos).  Isso deixou de ser  questão pessoal há muito tempo. É um manifesto político. Quando uma mulher sai com um homem, presume-se que são namorados. Mas se eu viver com uma mulher por 20 anos, não vão presumir nada. Vão pensar que é amiga ou produtora. Se eu não deixasse claro, Malu ia ser tratada como qualquer coisa, exceto minha namorada. E isso é desrespeito. Já que sou artista e todo mundo me conhece, quis apresentar a minha esposa para o mundo. Tudo vira um ato de amor e mudança. Falar que é “um problema pessoal”, tentar simplificar, é marginalizar. Eu nunca tinha visto, em capas de revistas, duas mulheres dizendo que iam se casar. Sou militante social e tenho consciência de que a gente transforma existindo. O amor tá sendo a grande revolução. Muitos casais, como Romeu e Julieta, por exemplo, lutaram para quebrar preconceitos e viver juntos. 


Para você, qual vai ser o próximo tabu social a entrar no âmbito das discussões legais?
DM:A tendência é discutir os direitos de adoção por casais gays. O casamento civil dá legitimidade e respeito aos filhos e isso é importante, é dignidade. Não se estranha o fato de duas pessoas estarem juntas. O tabu é sempre o sexo. Algumas religiões contribuem para isso, porque o consideram pecado. Mas, com os avanços da humanidade, estamos encarando o sexo de maneira mais natural. Mas ainda é no sexo que tá o problema. 
No dia em que o sexo for uma coisa mais tranquila, tudo ficará  melhor. 


Como está a incursão pela literatura?
DM: Há meses componho e escrevo muito. Estou organizando textos para um livro, que não é esse com Malu. É outro, com textos meus sobre aspectos da vida, sobre morte, amor, poemas, reflexões... Meu trabalho é muito de crônica, um olhar sobre minha cidade, meu país, o planeta. Os comportamentos mudam, mas a gente muda muito pouco. Não acho ruim, é só um fato. 


O que você acha do movimento contra as biografias não-autorizadas? 
DM: Se pessoas que sempre foram liberais, como Chico (Buarque) e Caetano (Veloso), encabeçam, acho que vale refletir. Estamos sujeitos a muitas invenções. Talvez seja o caso de exigir pesquisas respaldadas na verdade. Imagine ter uma biografia mentirosa? Isso pode acabar com a vida de uma pessoa! Sou a favor da liberdade para pessoas escreverem biografias não-autorizadas, desde que elas sejam obrigadas a checar as informações e arquem com as responsabilidades. Acho que deve haver também uma remuneração para o biografado. Quando faço um disco, remunero todos que colaboram. Acho que é justo fazer igual com as biografias, mesmo as não-autorizadas. O biografado também ajuda a vender livro.

Sorridentes, em cima do trio-elétrico da Rainha, no Carnaval deste ano



E para o Carnaval, no que está pensando? 
DM: Estou sempre pensando em como traduzir a obra de Caymmi e fazer homenagens ao Ilê. Quando você deseja comprar uma coisa, o processo de procurar por aquilo é mais gostoso do que efetivamente entrar na loja e comprar. Sou assim. Adoro ficar meses construindo o conceito do meu trabalho. Sempre fico dividida na Memória do Futuro, que era um bom nome para o meu próximo disco. 


Sim, o disco... 
DM: A cada disco fico mais livre. Já foi assim com o Cabeça de Nós Todos. Para quem fica dois anos em cada trabalho, fazer um disco em 20 dias é uma loucura. Tem que ser quase inconsequente e estou com vontade de voltar a ser um pouco mais assim (risos). Estou numa fase mais juvenil. Dizem que chegar à sabedoria também é voltar ao começo, não se preocupar com nada, buscar o desprendimento, seguir o coração, a intuição. Acho que tem muita casa em virgem no meu mapa astral. Sou uma leonina cheia de preocupações. Preocupação estética, nada dramático! Dizem que mulher já é todo inconsciente... Artista, então, é uma loucura, um pandemônio! Uma amiga diz que em meu dicionário não existe a palavra economia. Sou um exagero em tudo!


A escritora americana Camille Paglia disse que Daniela Mercury é a artista que Madonna gostaria de ser. E Daniela Mercury, que artista gostaria de ser?
DM
: E eu lá sei... (risos).  Ela sabe tudo, essa Camille! Eu nada sei, ainda bem. Tem muita gente que admiro. Talvez ela tenha falado isso por causa da espontaneidade. Nosso show business é menos endurecido por exigências comerciais. Ao mesmo tempo, é economicamente mais pobre. Quanto mais caros os shows, mais resultados eles precisam dar. Acho que foi isso que ela quis falar. O show business americano perdeu aquela leveza de Fred Astaire e Ginger Rogers. Nós, católicos, não temos tanta resposabilidade com dinheiro. Não fazemos muita questão dele e já nem temos tanto... 

Malu e Daniela passeiam em Óbidos: clima romântico em Portugal




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