domingo, 13 de outubro de 2013

No AMOR e na GUERRA


A carta de amor de um soldado gay ao seu companheiro na Segunda Guerra

Segunda Guerra Mundial: carta revela história de amor entre dois soldados gays. Conteúdo trouxe tanto impacto que a carta circulou em milhares de sites da internet

Segunda Guerra Mundial: Carta de amor de um soldado gay ao seu companheiro é divulgada na internet 
(Getty Images / Huffington Post)


Divulgada uma carta que traz luz a história de amor entre dois soldados gays durante a Segunda Guerra Mundial. O conteúdo da carta trouxe tanto impacto, que a carta circulou em milhares de sites da internet, como o Huffington Post, depois que foi publicada no portal “Letters of Note“.
A singular e comovente carta de amor foi escrita pelo veterano Brian Keith a Dave, um outro soldado por quem Brian se apaixonou em 1943, quando se conheceram no Norte da África.
A carta foi escrita por ocasião do seu aniversário e publicada pela primeira vez em setembro de 1961 pela “Revista ONE“, uma revista pro-gay pioneira que começou a ser publicada em 1953. A carta original se encontra, dizem, na Biblioteca do Congresso dos EUA.

Abaixo a carta:
“Esta é em memória do aniversário – 27 de outubro de 1943 – quando o ouvi cantar pela primeira vez no Norte da África. Esta canção traz lembranças dos momentos mais felizes que já vivi – lembranças do show de um soldado das tropas americanas – cortinas feitas com tecido de dirigível – luminárias feitas a partir de latas de chocolate – ensaios que se prolongavam até tarde da noite… e um rapaz bonito, com uma voz de tenor maravilhosa… são memórias de uma de uma noite chuvosa e dois soldados ensopados debaixo de uma árvore solitária na planície africana… Lembranças de uma noite fria e ventosa, em que nos metemos em um teatro para soldados e adormecemos em uma cobertura atrás dos bastidores, os dois, presos nos braços um do outro, e as lembranças do impacto causado ao acordar e ver que, milagrosamente, não tínhamos sido descobertos… Lembranças da felicidade de quando nos disseram que iríamos para casa e a devastação que sentimos quando soubemos que não iriamos juntos. A despedida calorosa em uma praia isolada sob o céu repleto de estrelas da noite africana e as lágrimas que não paravam de cair enquanto, no cais, eu via seu comboio ir longe no horizonte.
Nós prometemos que estaríamos juntos novamente “em casa”, mas o destino sabia mais do que nós. Nunca aconteceu. E assim, Dave, eu espero que, onde quer que você esteja, essas memórias sejam tão preciosas para você como são para mim.
Boa noite, durma bem, meu amor.
Brian Keith.”

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