segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Cresce o Número de Assassinatos GLBT...


Assassinatos de LGBTs crescem 27% no Brasil

                                                                                                                                             Luan Santos

Segundo estudo do GGB,
foram registradas 338 mortes em 2012
Pesquisa divulgada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) revelou que o número de assassinatos de homossexuais aumentou 27% no Brasil em 2012. De acordo com o levantamento, foram  registrados 338 assassinatos de gays, lésbicas e travestis no último ano - contra 266 em 2011 -, o que representa um homicídio a cada 26 horas.
Desde 2005, quando foram registrados 81 casos, o montante aumentou 317%. Na Bahia, o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais mostrou que ocorreram 29 assassinatos em 2012, um a mais em relação ao ano anterior.
São Paulo foi o Estado com maior número de vítimas (45), seguindo por Pernambuco (33). A Bahia aparece em terceiro. Alagoas lidera em termos relativos, com índice de 5,6 assassinatos por cada milhão de habitantes.
O relatório, feito anualmente pelo GGB, mais antiga organização de defesa de homossexuais do Brasil, é baseado em notícias publicadas na imprensa e em informações de organizações não  governamentais (ONGs).
Segundo o coordenador do levantamento, o antropólogo Luiz Mott, 99% dos homicídios registrados tiveram motivação homofóbica. "A ideologia machista e a homofobia cultural levam a população em geral a considerar o homossexual como réu e não como vítima, associando o público LGBT à criminalidade", afirmou.
Para Mott, por trás dos números da pesquisa estão "a impunidade e o descaso do poder público com a questão". "Solicitamos, sem sucesso, a criação de uma coordenação estadual LGBT, para discutir a formação de um plano de ação para garantir a segurança pública dos locais frequentados por essa população e políticas de conscientização para evitar situações de risco para o público LGBT", disse.
Segundo o estudo, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking  mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de homicídios. Os gays são as maiores vítimas, com 188 registros, seguidos de 128 de travestis, 19 de lésbicas e dois de bissexuais.
Homofobia - Coordenadora do Núcleo LGBT da Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Paulette Furacão comenta que a violência contra homossexuais é preocupante e, por isso, será tratada como prioridade pelo núcleo ao longo deste ano.

O trabalho no Núcleo LGBT, segundo Paulette, é realizado em parceria com outras sete secretarias estaduais, entre elas, a da Segurança Pública, Educação e Saúde. "Estamos trabalhando em conjunto para desenvolver políticas públicas em favor deste movimento, principalmente do segmento mais vulnerável, as travestis e transexuais, que são as que mais  sofrem violência", destacou.

Paulette defende que, nas ocorrências policiais, constem a opção de orientação sexual. "Assim o LGBT poderá se identificar e facilitaria muito a aquisição de dados mais completos", completou.
Crime - Na cidade de Camaçari, Grande Salvador, em junho passado, um crime bárbaro de homofobia chamou a atenção. Os irmãos gêmeos José Leonardo e José Leandro da Silva, 22 anos, voltavam para casa abraçados após uma festa e foram espancados por  oito pessoas.
Leonardo morreu no local ao receber várias pedradas na cabeça, enquanto Leandro foi levado ao Hospital Geral de Camaçari com afundamento na face e sobreviveu.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/materias/1477896


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