sábado, 13 de agosto de 2011

CAPÍTULO IV - PARTE I

Aquela conversa toda sobre mulheres e pegação estavam me deixando enrolado, logo terminamos a bebida, fomos ainda na casa de algumas das amigas do Renato buscá-las de carro. Durante o caminho, passamos nas casas de três garotas, muito lindas – como a maioria das meninas de cidades pequenas – com corpos bem cuidados e saudáveis. Todo aquele clima me fazia crer que a noite na cidade sossegada seria bastante agitada.
As garotas demonstravam estarem interessadas em mim, mas eu não me oferecia muito, meu negócio era outra, ou melhor, outro, e queria conhecer algum cara para passar a noite. Sei que seria impossível ficar com algum homem sem ser percebido, e como as notícias correm rápido, eu tinha medo de alguém descobrir, não tinha como escapar, teria que esperar mesmo até voltar para a capital, mesmo morrendo de desejo.

Eram vinte e duas horas, eu não aguentava mais de tanta curiosidade de conhecer o local e ver realmente se os camponeses sabem curtir a noite. Não demorou muito, chegamos na tal boate. O ambiente parecia agradável, já estava bastante cheio, música relativamente alta. Todos desceram correndo e foram se encontrar com os outros, eu fui o último a descer fui puxado por meu primo para o meio dos outros.
    • Galera, esse é meu primo Rafael, veio da cidade só para visitar a gente – meu primo era mestre em fazer apresentações, sempre na maior festa, e todos caíam na dele. A galera fez o maior “auê”, me abraçaram, vieram vários homens me cumprimentar, gente que eu não fazia ideia de onde vinham.
Depois, vieram as bebidas, muitas mulheres se oferendo indiscretamente, me paquerando sem a maior vergonha, eu não me achava a pessoa mais bela do mundo, não sou feio, eu sei, mas também dou para o gasto. Cada homem que passava por mim eu observava tentando encontrar o Felipe, não que eu fosse me arrastar aos pés dele, ou ficar dando bola, mas queria vê-lo e saber como ele estava. Eu olhava para meu primo e seus amigos, todos super-interagidos enquanto me sentia descolado deles, estava lá, mas não me sentia parte daquele grupo, queria sair dali e dar uma volta, tentei resistir ali, mas foi impossível.
    • Primo, vou dar uma volta pelo local para conhecer o ambiente – disse querendo sair por um momento.
    • Espera um pouco que eu te levo – respondeu ele.
    • Não encana, eu já sou grande e sei andar só. Só quero dar uma volta e encontro vocês por aí, vou lá dentro e volto.

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