quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CAPÍTULO V - PARTE III


 Na praça, que tinha por nome de Praça Central, tinha uma fonte luminosa bem ao centro, era bem organizada e limpa. Sentamos em um banco próximo à fonte e ficamos observando os peixes que ali havia. Enquanto eu conversava com meu primo, sem que eu esperasse, ouvi uma voz atrás de mim quase que sussurrando:
    • Rafael, tudo bem?
Virei para ver quem era, e fiquei surpreso ao ver Felipe. - Tudo, e você? Perguntei com a voz trêmula.
    • Estou bem. Que bom te encontrar por aqui.
    • Pois é, - eu estava sem palavras, e era quase perceptível isso – ah, esse aqui é meu primo Otávio.
Os dois se cumprimentaram e ficamos por um momento em silêncio sem ter o que falar um para o outro.
    • E você, Rafael, está sozinho? Perguntei.
    • Estou, minha irmã ficou dormindo com o marido e o bebê, então para não ficar em casa sem ter o que fazer, eu decidi dar uma volta aqui na praça.
    • É, é muito chato ficar sem ter o que fazer em uma cidade onde você não conhece muita coisa.
    • Infelizmente, agora tenho que ir. Me liga assim que puder para a gente conversar com mais tempo.
Felipe me deu seu número em um papel e foi embora. Eu estava totalmente sem reação, não sabia o que fazer, meu primo estava ali e não poderia dar muita bandeira, e, além do mais, ele se despediu de mim na rodoviária com muita frieza, não poderia demonstrar tanta emoção e saudades assim. “Será que eu fiz certo?”. Não sei se essa foi a melhor maneira de tratá-lo, mas foi a que melhor me pareceu no momento.

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