quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Nunca Fale Com Estranhos

Bem, que é certo aquela frase que nossos pais sempre falavam conosco quando éramos crianças "nunca fale com estranhos!" Isso é um risco que nunca sabemos qual será o fim... (tô exagerando, eu sei)
Hoje eu saí da faculdade um pouco mais cedo, tentei falar com meu colega para esperá-lo no ponto, mas como ele não respondia, eu peguei o busu e fui pra casa. Quando entrei no ônibus, tinha um rapaz bonitinho sentado nas cadeiras da frente do lado direito, eu sentei duas cadeiras à frente do cobrador. Uns minutos depois, esse rapaz veio e sentou-se na cadeira ao lado da minha, só que na fileira esquerda, eu olhei para ele, e quando ele me olhou, virei o rosto para a rua.
Outros minutos depois, eu olhei para a cadeira dele e ele não estava mais lá, virei discretamente e ele estava sentado atrás da minha cadeira, daí não dei mais bola. Eu estava morrendo de sono, então, aproveitaria que estava só para dormir, até que de repente, senta ao meu lado um homem, quando eu me virei para ver quem era, era o rapaz que estava "atrás" de mim. Eu percebi que ele ficou me olhando, aí meu coração começou a disparar, até que ele me perguntou:

- Você pode me dizer que hora é essa?
- São nove e vinte, respondi meio tenso.

Depois de alguns segundos calados, ele me pergunta:

- Será que até chegar em Paripe já é nove e quarenta?
- Espero que sim, quero chegar em Fazenda Coutos até dez para as dez.
- Você mora em Fazenda Coutos é? Perguntou ele prolongando o assunto.

Quando eu vi, já estávamos conversando sobre uma série de coisas: Cinema, teatro, música, trabalhos, etc. Nós estávamos conversando como se fôssemos velhos conhecidos, eu claro, não queria recuar muito, talvez valesse a pena investir na amizade, mesmo ele tendo mencionado em algum momento a palavra "namorada" (uma única vez e nem lembro porquê), eu cheguei a pensar que algo pudesse rolar. Ele é bonitinho, como já disse; branco, cabelos lisos branco e arrepiados, olhos escuros, lábios bonitos, magro, e deve ter por volta de 1,75 de altura.
A viagem foi tão rápida, que quando dei por mim, já estava em Paripe, ele desceu no segundo ponto, apertou minha mão agradecendo pela conversa e se foi, após descer me deu um tchau e sumiu conforme o ônibus ia se afastando. Eu fiquei colérico naquele momento, talvez eu nunca mais o veja, porque ele disse que mora na Engomadeira e só estava passando uns dias na casa dos pais. É... realmente, não se deve falar com estranhos, eles podem nos dar falsas expectativas.

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