terça-feira, 6 de setembro de 2011

CAPÍTULO V - PARTE IV

    •    Você conhece aquele cara de onde? Perguntou Otávio.
    • Conheci ele no ônibus, ficamos conversando até chegar aqui, depois eu não o vi até agora.
Otávio percebeu que tinha um clima estranho entre nós, mas preferiu não comentar nada. Ficamos em silêncio novamente, pois eu estava tenso e temeroso de ter dado algum sinal que pudesse despertar desconfiança.
    • Primo, aconteceu alguma coisa de errado entre você e aquele cara que você não me contou? Perguntou Otávio desconfiado.
    • Não, imagina! Não aconteceu nada, apenas, tivemos uma desavença durante a viagem por causa de uma confusão com relação aos nossos assentos. Mas, como você mesmo viu, parece que ele esqueceu. Respondi meio nervoso, mas acho que me dei bem na mentira, ao menos pareceu convincente.
Enquanto conversávamos, nossos avós chegaram para nos buscar para irmos para a igreja, não estava muito afim desse negócio de “fé”, porém, tinha que agradar um pouco aos coroas. Lá fomos nós, parecíamos ovelhas mudas indo ao matadouro: calados, andar arrastado e cabeça baixa.
Entramos na igreja, e toda a cidade estava indo para lá assistir a “Santa Missa do Domingo” como chamavam. Conseguimos um lugar à cinco bancos frente ao altar, tinha tanto tempo que eu não ia à igreja, que nem lembrava quais eram os gestos que se faziam. Sentamos e ficamos ouvindo todo o discurso do padre falando sobre o amor: paciente, sofredor, verdadeiro, pensa no próximo, etc, etc, e etc...

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