sábado, 1 de outubro de 2011

CAPÍTULO VII - PARTE III

Lá fomos nós para o quarto do Otávio, pegamos as malas e subimos. O quarto dele era grande, arejado e bem bonito; com Tv, som, computador, alguns livros que acredito que ele não deva ler, não havia banheiro, tinha uma grande janela que deixava o ambiente iluminado, uma pequena escrivaninha e uma bicama, perfeita para eu dormir sentindo o cheiro e o calor do meu primo maravilhoso.
    • Bem, Rafael, é aqui que você vai dormir com seu primo Otávio. Vou pedir para Ana – a ajudante – limpar o quarto porque ficou muito tempo fechado, depois vocês entram.
Enquanto tia Glória foi buscar Ana para limpar o quarto, Otávio foi ao banheiro e eu tirei um livro da mala e fui para a sala ler um pouco. Sentei em um sofá confortável e macio que ficava no canto da sala próximo a uma janela que dava para ver qualquer pessoa que chegasse. Enquanto lia, minha tia saiu da cozinha acompanhada da ajudante com vários materiais de limpeza na mão, parecia até que o quarto estava fechado há anos.
Desde que tinha chegado em Lagos ainda não tinha tido a oportunidade de parar para ler meus livros, gosto muito de literatura, acho que na fazenda vai ser mais fácil para ler, na calmaria e sossego deste lugar. Enquanto eu estava lendo, Otávio desceu, e foi direto para o escritório ficar no computador, como o quarto estava em limpeza, ele foi usar o PC do pai.
Olhando bem, a gente tem uma visão muito antiquada do interior, hoje em dia eles têm tudo o que a gente tem, o desenvolvimento também chegou aqui graças a investimentos do Governo em energia elétrica, as praças não são mais tão paradas como diziam ser, dormir cedo já nem existe mais para a maioria por aqui! Se engana quem pensa que o povo do interior é matuto como se falava antes.

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