sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Como descobrir que seu amigo é Gay - da pior maneira possível!

Final de semana chegando, preparei este vídeo para darmos umas boas risadas, ou então nos irritarmos de vez:

Teste: Você é gay?

Se você não sabe se é gay, ou se ainda tem dúvidas quanto a sua orientação sexual, pare de sofrer! Este teste lhe ajudará a saber toda a verdade:

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Casamento Gay

Muito se tem falado com relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Família é família, não precisa ser de sexo diferente para querer ter direitos e deveres iguais que são inerentes a todos os cidadãos brasileiros, basta ser ser humano para poder usufrui-los. Eu tenho o desejo de me casar, ter o meu amado ao meu lado como meu marido oficial, goste quem gostar, infelizmente vivemos em uma sociedade que se diz moralista, mas por baixo do pano é totalmente avessa aos valores éticos e morais que deveriam reger este país. Segue abaixo o link de uma entrevista realizada no dia 27/10/2011 pelo Jornal Bahia Meio Dia com o juiz Palbo Stolze que comenta sobre o assunto:




http://g1.globo.com/videos/bahia/v/juiz-comenta-a-decisao-do-stj-de-autorizar-o-casamento-civil-entre-pessoas-do-mesmo-sexo/1676654/#/Bahia Meio Dia/page/1 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SAUDADES...

Como traduzir este sentimento, esta palavra que só existe em português, na nossa língua? Em outros países, dize-se saudade da seguinte forma:

1 - Inglês: missing
2 - Francês: nostalgie  
3 - Espanhol: anhelo
4 - Italiano: brama
5 - Alemão: sehnsucht

Diante a um sentimento tão grande e tão difícil de se explicar, escolhi um conceito que me pareceu bem aos olhos separar para dizer o quanto sinto sua falta meu querido amado Michel...


Saudade é aquilo que está fora de alcance,
Longe do olhar,perto do pensamento e mora dentro do coração
A saudade é a dor do afastamento.
É a dor de não ter,
É a dor de não ver.
É uma imagem no pensamento.
Saudade é uma palavra escrita num papel onde a borracha apagou.
É um cantinho reservado dentro coração.
É um caminho percorrido á muito tempo.
Saudade é o que se foi mas não partiu.
É o que os olhos não podem ver.
E uma estrada longa que o coração percorre todos os dias.
Saudade é o um dia que não terminou.
É o tempo que volta
É o tempo que não passou
É um sonho sonhado.
É uma partida.
É uma vírgula.
Para muitos,saudade é quase um adeus.

Por: Beth Souza

Amor, que saudades de você, sinto tanta vontade de estar ao seu lado, te beijar, te abraçar, te acariciar. É bom olhar no fundo dos seus olhos e contemplar a beleza e formosura de sua alma, que me constrange apaixonada. Te amo hoje mais que ontem...!

Trailer do filme Novela das 8 -

Filme - A Novela das 8

No último dia 18/10, foi divulgada uma matéria muito interessante sobre o filme "A Novela das 8" pelo site da Uol. Antes de vocês conferirem, faz parte do elenco o ator Mateus Solano, que fez os gêmeos em uma das novelas da 8h, Viver a Vida e agora na última novela das sete Morde e Assopra, como ícaro, um pesquisador. Vale a pena conferir a entrevista dele e ver o trailer do filme que seguem para apreciação: Confiram a entrevista: http://cinema.uol.com.br/ultnot/2011/10/17/homossexual-em-filme-mateus-solano-ve-com-naturalidade-beijo-gay-no-cinema.jhtm

domingo, 23 de outubro de 2011

NOVAS MUDANÇAS

Pessoal, durante esta semana, o blog estará passando por algumas "reformas" em seu todo: conteúdo, postagens, vídeos, etc. a fim de estar mais próximo do meu amor. Todo o cunho sexual explicito agora torna-se em pesquisas, curiosidades, notícias, vídeos - não eróticos -, publicação de poemas e continuação do meu livro e comentários próprios de minha vida.
Essas mudanças chamam-se AMOR, é preciso nos adequarmos um pouco às novas formas de vidas e em consideração, carinho e dedicação à pessoa do Michel que estou amando a cada dia. Sei que será uma mudança radical do blog, mas não é só de sexo - promíscuo - que vive o homem, precisamos ter também em mente que gay faz outras coisas além de procurar por pornografias na internet, que gostamos de ler e compartilhar com outros momentos bons de nossas vidas.
Espero que gostem da nova roupagem que o blog estará recebendo, e esteja sempre prontos a fazerem seus comentários, pois eles também ajudarão na formatação do novo padrão do ex Diário Promíscuo que também não é mais Book  In Love, mas sim Book de Notícias devido a seu conteúdo variado. Ah, o link também agora é outro, deixa de ser www.diariopromiscuo2.blogspot.com para www.bookdenoticias.blogspot.com para facilitar a busca no google e por ser de fácil digitação.

3º Congresso Internacional da ABRAMD

Para vocês que moram na Ragião Sul, ou que queiram e possam ir, este evento tem uma ótima programação e é uma oportunidade de aprender mais...
A 3ª edição do Congresso Internacional da Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas (ABRAMD) terá como tema “Interfaces no uso de drogas: cultura, educação e saúde”. Na programação, estão previstas mesas-redondas, oficinas, cursos e apresentações de trabalhos, oralmente e sob a forma de pôsteres. O congresso pretende diversificar o debate e o intercâmbio científico de profissionais de várias áreas sobre o uso de substâncias psicoativas, para contribuir com o treinamento de recursos humanos em ações de prevenção e intervenção efetivas. As inscrições podem ser feitas pelo site www.amtepa.com.br , até 29 de outubro, ou, no local até o dia 30. Abaixo, segue o link com a programação:


http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/event/2011/50426/programa_o_preliminar_76304.pdf

sábado, 22 de outubro de 2011

Em Um Momento de Amor

Olá galera, fiquei ausente uns dias devido ao cansaço que eu estava, mergulhado nas atividades do trabalho e resolvendo algumas coisas, sem falar, no frio terrível que estava fazendo esses dias, eu só queria chegar, tirar a roupa molhada e me deitar pra descansar e assistir aos jogos do Pan.
Bem, mas vamos ao que interessa, no último dia 19, eu me encontrei com meu amor lá na faculdade. Ele me ligou dizendo que queria me ver e eu fiquei logo contente. Fui mais cedo para a faculdade para não chegar tarde e perdermos um tempo que é tão curto e precioso. Quando eu estava chegando, ele me ligou para saber onde eu estava, ele já estava me esperando na biblioteca, quando o vi tive vontade de dar um abraço forte e um beijo de lascar de tanta saudade que estava, mas me contive.
Nós conversamos muito, ele me deu uns toques em algumas coisas que seria bom que eu começasse a mudar, enquanto ele falava, eu olhava para ele e ficava encantado com o quanto ele é otimista, eu queria ser assim, para ele tudo é muito fácil, ele vê as coisas por um ângulo que eu confesso que ainda não consigo ver. Se pudesse - mas um dia poderei - ficaria horas olhando para ele ouvindo ele falar, sua voz é tão suave que parece música, uma melodia perfeita para ser ouvida.
Depois que conversarmos, fomos para um lugar onde a gente pudesse ficar mais à vontade, eu queria tanto ele pra mim por completo, percebo que ele é o homem que apareceu para mudar a minha vida radicalmente. Quando chegamos, pude beijá-lo, abraçá-lo e sentir o calor do corpo do meu amor junto ao meu. No ápice do nosso amor, eu e ele eramos um só, a junção perfeita do nosso amor!
Eu consigo conversar com ele e me sentir livre, não sei ao certo o que ele tem, mas é algo que me fascina, me envolve e me confunde ao mesmo tempo, é uma tempestade de sentimentos intensos, não sei se vivo o tempo Chronos ou o tempo aion, mas independente do tempo, eu quero viver cada dia dele pois nada pode suprir o momento que hoje estamos vivendo... Te Amo...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

BOOK IN LOVE

Hoje o blog passa a chamar-se "Book In Love" ( Diário Apaixonado), devido a algumas mudanças que aconteceram na minha vida na última sexta-feira. Como vocês sabem, eu conheci o Michel, um cara louco de paixão que também me deixou louco, agora que estamos começando um relacionamento, acho que a mim não cabe mais ser uma pessoa "promiscua".
É muito bom quando a gente conhece uma pessoa que está realmente nos amando, é bom sentir-se amado. Ele chegou na minha vida parecendo um furacão, hoje, eu não consigo ficar sem pensar nele, no que está fazendo, onde está indo. Às vezes, eu estou fazendo alguma coisa em casa penso nele perto de mim, me ajudando nas coisas sabe.
Eu gosto quando falo com ele, quando mando mensagens, é um jeito de me sentir mais perto dele, eu fico muito preocupado porque para ele as coisas são mais fáceis, já que ele não tem problema em assumir sua homossexualidade, mas para mim, que tenho uma vida totalmente "hétero", é terrível. Gente, vocês não imaginam a pressão que sinto quando olho para meus amigos, irmãos de igreja, para minha mãe e penso em tudo o que vou ouvir deles quando souberem. Não é fácil você renunciar anos de trabalho árduo para conquistar amizades e posições e de uma hora pra outra vê-los sair de sua vida.
Por que eu digo "vê-los sair de sua vida"? Porque eu sei que isso acontecerá. Perderei meu melhor amigo, as pessoas da igreja vão se afastar, e se minha mãe não me colocar pra fora de casa com certeza ficará muito indiferente para comigo. Eu sempre cobrei muito de mim, e hoje não suporto a ideia de ser uma decepção para alguém. Eu quero ficar com o Michel, mas deixei bem claro para ele que por este mês não tenho a pretensão de tomar nenhuma decisão com relação à igreja. A festa da juventude lá está chegando, eu estou envolvido e quero esperar este evento passar para saber o que Deus vai direcionar para a minha vida.
Mas eu creio que o melhor virá, não sei qual será o desfecho desta história, fiquem na torcida por mim, ou melhor, por nós, porque sempre vocês serão informados de tudo o que acontecer e breve coisas novas virão... Um beijo e abraço a todos!

sábado, 15 de outubro de 2011

Querido Michel...

Ontem, no dia 14 de outubro de 2011, Eu conheci o Michel  Franklin, uma pessoa especial. Você me fez sentir querido e desejado, acho que se há uma cansão que possa traduzir o que eu estou sentindo agora, é a que segue abaixo:


A vida em Cores
(La Vie En Rose) Edith Piaf
Olhos que fazem baixar os meus
Um riso que se perde em sua boca
Aí está o retrato sem retoque
Do homem a quem eu pertenço

Quando ele me toma em seus braços
Ele me fala baixinho
Vejo a vida em cores

Ele me diz palavras de amor
Palavras de todos os dias
E isso me toca

Entrou no meu coração
Um pouco de felicidade
Da qual eu conheço a causa

É ele para mim, eu para ele
Na vida, ele me disse
Jurou pela vida

E desde que eu o percebo
Então sinto em mim
Meu coração que bate

Noites de amor a não mais acabar
Uma grande felicidade que toma seu lugar
Os aborrecimentos e as tristezas se apagam
Feliz, feliz até morrer

E desde que eu o percebo
Então sinto em mim
Meu coração que bate

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CAPÍTULO VIII - PARTE I


Ao descermos, nos dirigimos logo para a mesa que estava posta para o almoço, tio Pedro já estava sentado, muito cheiroso após banho. Otávio cumprimentou o pai e sentou-se à esquerda do pai, que estava na cadeira central da mesa, sentei ao lado de Otávio e tia Glória ficou à direita de tio Pedro.
Eu olhava para meu tio e observava-o comer, ele segurava o garfo com força, jeito de homem, todo lindo! Era uma visão maravilhosa, ver aquele homem com uma camiseta, mostrando os músculos do braço, com mão forte comendo... eu fiquei deslumbrado com meu tio e sua beleza, perto de Otávio, parecia o irmão mais velho.
    • Então, Rafael, conte-nos um pouco sobre sua vida na capital, sobre seus pais e como estão – perguntou minha tia.
    • Ah, tia, eles estão bem, mandaram lembranças para todos. Minha mãe disse que está morrendo de saudades e que não vê a hora que chegar o final do ano para vir visitá-los. Ela disse que desse ano não passa sua vinda – respondi.
    • Ela sempre diz isso, mas na hora, sempre liga dizendo que não vai dar para vir porque aconteceu isso ou aquilo – comentou ela.
    • Mas eu acho que dessa vez ela vem mesmo, tia. Ela está bem determinada a vir.
    • E quanto a você, Rafael, o que faz na capital? Perguntou tio Pedro.
    • Eu trabalho como auxiliar administrativo, é uma atividade bem rotineira para quem gosta, e pra mim, é melhor assim.
    • E quanto a namorada já tem alguma ou veio buscar aqui em Lagos? Perguntou tio Pedro mais uma vez. Notei seu olhar para mim como quem estivesse me sondando.
    • Não tio – respondi com um leve sorriso – ainda não tenho namorada e nem estou a procura aqui em Lagos, seria muito complicado namorar à distância.
O almoço mais parecia um interrogatório, eles me perguntavam muitas coisas, meu tio, minha tia, Otávio e até Ana – a ajudante – me fazia perguntas sobre como são nossos hábitos alimentares. Eu tinha que dar um sorriso sem graça e responder às suas perguntas, quando o assunto corria para o lado de namoro e mulheres, eu dava uma volta ao mundo para responder.

Amigo Rey II...

Hoje, eu tinha planejado um encontro com meu amigo Rey, para conversar com ele e me divertir um pouco, Porém, quando ele entrou no msn ontem, eu perguntei a ele e ele me disse que nem tinha se lembrado. Isso é uma grande sacanagem! Me irritei logo e deixei de conversar com ele, nem perguntei se ele realmente iria ou não. Como não achei outra companhia, fui para o cinema sozinho assistir "Capitães da Areia".
Sabe, eu penso que foi até bom eu ter ido para o cinema sozinho, depois de ficar uns quarenta minutos na fila para comprar o ingresso, já na fila da entrada para o filme eu vi que a mulher tinha me dado o ingresso para um horário bem mais tarde, fui correndo trocar, quase perco meu lugar. Mas finalmente consegui resolver tudo... ufa!
Depois do filme, eu fui pra casa. Fiquei pensando em como teria sido se meu amigo Rey, tivesse ido comigo, a gente poderia ter conversado tanto, eu teria me sentido satisfeito em estar com alguém, com uma pessoa que eu gosto e me sinto bem em estar junto. Mas já que ele me deu um fora, eu sei me virar sozinho. Agora pretendo dar um frio nele, deixar de lado é sempre a melhor opção para alguém perceber o quanto está sendo desprezado.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

CAPÍTULO VII - PARTE VI


Antes de poder respondê-lo, minha tia e Ana desceram anunciando que o almoço estaria servido em vinte minutos. Isso me deu tempo suficiente para sair do assunto e subir para o quarto com pretexto de guardar o livro. Otávio foi comigo, mas não falou sobre o assunto, ele já estava faminto e só pensava no que comeria ao meio dia.
O quarto estava muito limpo, elas tinham feito uma limpeza perfeita, até o ar estava mais puro. Deixei minha mochila com as roupas no chão no canto da cama e guardei meu livro, Otávio tinha deitado esperando o almoço ser servido.
    • Vê se não vai dormir agora. Disse cutucando-o.
    • Relaxa, primo, com a fome que “tô” aqui vai ficar difícil dormir agora. Respondeu me empurrando para trás.
    • Olha, Otávio, o que a gente pode fazer aqui na roça durante esses dias?
    • Por aqui não tem muita diversão não. A única coisa que tem pra fazer todo dia é trabalhar, no demais, aos sábados, tem a famosa roda de fogueira na fazenda do Sr. Joaquim, um monte de gente vai pra lá, tem música, dança, muitas mulheres bonitas e bebida a vontade.
    • Poxa, ter que esperar até sábado para participar de alguma festa aqui é complicado, não acha? Perguntei decepcionado com a falta do que fazer na roça.
    • Meninos... o almoço já está na mesa – Gritou tia Glória da ponta da escada.
    • Vamos, é chegada a hora mais esperada do dia. Falou Otávio, ansioso pelo almoço.

sábado, 8 de outubro de 2011

Amigo Rey...

Bem, eu conheci meu colega Rey quando estava trabalhando em uma empresa no setor de RH ministrando treinamento para os novatos. Ele fez parte da minha primeira turma, logo passamos a ficar mais amigos, porque eu sempre demonstrei preocupação com o desempenho dos meus treinandos, e ele também é muito carinhoso e simpático.
Ele não continuou no treinamento porque tinha outros objetivos que infelizmente não foram conquistados, mas a nossa amizade permanece. Sempre nos falamos por telefone, mas quase nunca nos vimos. Eu me sinto muito atraído por ele, sua voz é doce e sedutora, ele é bonito, gosta muito de conversar e sempre que nos falamos, nunca geralmente ficamos mais de dez minutos no telefone.
Com o passar do tempo, já nos conhecemos à pouco mais de um ano, e estou com muita vontade de confessar para ele que gosto de homens, para saber qual vai ser a reação dele. Acho que ele não vai sair correndo, ele pode não ser gay e nem estar interessado em mim como eu estou fantasiando, mas não custa nada tentar. Ele me chama sempre de "meu gato", meu lindo", "meu querido" e coisas do tipo, isso não se vê  nenhum homem falando para o outro, o que me dá mais esperança.
Hoje eu o convidei para ir ao cinema comigo no feriado, mas como ele está sem grana porque ainda não conseguiu emprego, ele recusou, mesmo eu insistindo tanto, sugeri então um passeio pelo Campo Grande, o que não vai custar nada, ele disse que vai pensar e pediu para eu ligar para ele na terça-feira à noite. Estou na maior expectativa de que ele aceite, porque assim vou poder contar pra ele, na verdade, também preciso falar com alguém sobre isso, às vezes sinto um vazio tão grande por não ter com quem compartilhar isso. Os meus colegas que sabem, também são gays e a maioria só servem para sexo. Para mim é importante que alguém do meio saiba também. Fiquem na torcida por mim, porque se ele aceitar, eu vou tremer na base, mas vou falar tudo o que preciso e assim que chegar em casa vou postar no meu blog...

CAPÍTULO VII - PARTE V


Meu tio, foi tomar um banho para se refrescar, e eu tentava recuperar o fôlego. Nossa, o tio Pedro é uma delícia, aquele tipo de homem na casa dos cinquenta anos que aparenta trinta, quando ele me abraçou, senti um calafrio, aquele homem alto, com o cheiro da terra e forte me abraçando, tive que me conter para não ficar excitado. Tinha vontade de continuar abraçado com ele por longas horas.
Eu fiquei imaginando minha tia sendo fodida por aquele homenzarrão, tipo grosso, barba por fazer, mãos fortes, ásperas do trabalho e firmes... aí... tudo de bom! Ele deve ser bem viril, e metendo com vontade e desejo... é melhor parar com esse pensamento e voltar a ler, a leitura é boa para a mente e alimenta o cérebro... deixa isso quieto, um homem daquele só se pode ter na imaginação e nada mais!
Retornei a minha leitura, mas não demorou muito Otávio saiu do escritório e sentou-se ao meu lado para conversar enquanto esperávamos sua mãe e a ajudante descer para colocar a mesa do almoço.
    • Seu pai chegou Otávio e perguntou por você.
    • É, eu ouvi a voz dele assim que ele entrou. Você parecia estar mais animado com a presença dele que com a do minha.
    • Que nada, não vai dizer que agora está com ciúmes do próprio pai? Eu só estou alegre por estar aqui com todos vocês, vocês são minha família que há tempo não vejo – acho que exagerei um pouco com a recepção do meu tio Pedro e tive que contornar toda a situação para que o Otávio não percebesse a intenção real que eu escondia dele. Se alguém me pegasse imaginando uma coisa dessas, acho que minha família me mataria e daria minhas carnes para os urubus.
    • Que livro é esse que você está lendo, primo. Perguntou Otávio.
    • Estou lendo Do Amor e Outros Demônios, um romance trágio bem interessante.
    • Esse negócio de leitura não é pra mim não. Isso é coisa de gente fresca, quer dizer, tirando você que é da família.
    • E quanto aos que não são da família? Perguntei somente para saber a opinião dele sobre homossexualismo.
    • O resto é tudo um bando de bichinhas! Esses desocupados que não têm o que fazer e acabam indo dar o rabo! Senti o tom de ira na voz de Otávio pois os homens do interior são muito preconceituosos com relação aos homossexuais.
    • Pois é, se você pensa assim, está pensado.
    • Mas é melhor deixar essa bobagem pra lá. Não gosto de falar de homem que pega homem, gosto de falar de homem que pega mulher. Bem que você poderia contar um pouco de suas aventuras na capital, Rafael.
    • Eu? Aventuras? Eu sou muito caseiro, primo, não tenho o que contar. Eu estava ficando nervoso, e se ele insistisse na conversa, eu poderia me enrolar todo.
    • Não acredito que numa cidade com tanta mulher bonita você não tenha nada para contar. Dizem que elas são mais fáceis, é verdade primo?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CAPÍTULO VII - PARTE IV

 Meu livro preferido são os romances que acabam em tragédia. Sei lá, acho os livros que falam de amor que no final dão certo muito óbvios, isso torna chato toda a trama se você já sabe o que vai acontecer, acaba perdendo a graça. Enquanto lia, vi um homem abrindo o portão, não consegui saber quem era, mas ao se aproximar, pude perceber que era o tio Pedro que estava vindo da roça para almoçar.
    • Tio Pedro... disse assim que ele abriu a porta e entrou.
    • Oi Rafael, que bom que vocês já chegaram – disse ele ao me ver. Depois, veio até mim e me deu um forte abraço – Como vai você, meu sobrinho?
    • Estou bem obrigado tio, e o senhor?
    • É só tirar o senhor que fica melhor! Respondeu em tom sorrateiro - Eu estou bem com a graça de Deus, cansado do trabalho na roça. Com esse sol a pino, fica mais difícil trabalhar.
    • Eu imagino... Não tinha mais o que falar, então fiquei olhando para ele meio sem graça e ele para mim...
    • Bem... é... cadê o Otávio? Perguntou.
    • Está no escritório, no computador.
    • Esse menino se der corda não desgruda do computador. E a sua tia?
    • Ela está com uma moça, acho que se chama Ana, arrumando o quarto do Otávio.
    • Bem, Rafael – disse ele apertando minha mão – fique à vontade, eu vou me jogar uma água porque está fazendo um calor de matar.
    • Tudo bem, tio, pode deixar.

sábado, 1 de outubro de 2011

CAPÍTULO VII - PARTE III

Lá fomos nós para o quarto do Otávio, pegamos as malas e subimos. O quarto dele era grande, arejado e bem bonito; com Tv, som, computador, alguns livros que acredito que ele não deva ler, não havia banheiro, tinha uma grande janela que deixava o ambiente iluminado, uma pequena escrivaninha e uma bicama, perfeita para eu dormir sentindo o cheiro e o calor do meu primo maravilhoso.
    • Bem, Rafael, é aqui que você vai dormir com seu primo Otávio. Vou pedir para Ana – a ajudante – limpar o quarto porque ficou muito tempo fechado, depois vocês entram.
Enquanto tia Glória foi buscar Ana para limpar o quarto, Otávio foi ao banheiro e eu tirei um livro da mala e fui para a sala ler um pouco. Sentei em um sofá confortável e macio que ficava no canto da sala próximo a uma janela que dava para ver qualquer pessoa que chegasse. Enquanto lia, minha tia saiu da cozinha acompanhada da ajudante com vários materiais de limpeza na mão, parecia até que o quarto estava fechado há anos.
Desde que tinha chegado em Lagos ainda não tinha tido a oportunidade de parar para ler meus livros, gosto muito de literatura, acho que na fazenda vai ser mais fácil para ler, na calmaria e sossego deste lugar. Enquanto eu estava lendo, Otávio desceu, e foi direto para o escritório ficar no computador, como o quarto estava em limpeza, ele foi usar o PC do pai.
Olhando bem, a gente tem uma visão muito antiquada do interior, hoje em dia eles têm tudo o que a gente tem, o desenvolvimento também chegou aqui graças a investimentos do Governo em energia elétrica, as praças não são mais tão paradas como diziam ser, dormir cedo já nem existe mais para a maioria por aqui! Se engana quem pensa que o povo do interior é matuto como se falava antes.

CAPÍTULO VII - PARTE II

O café da manhã foi bem divertido, minha tia estava tão contente com minha vinda à roça, que era perceptível. Ficamos um tempão conversando na mesa do café, que se não fosse Otávio, ela nem teria percebido.
    • Deixa tia Glória conversar, Otávio. Eu falei.
    • Minha mãe quando começa a falar não quer mais parar...
    • Ah, vamos meninos, tenho que mostrar ao Rafael em qual quarto ele vai dormir...
    • Não precisa, mãe, o Rafael vai dormir no meu quarto, faço questão. Vai ser bom porque a gente pode conversar até mais tarde.
    • Só que nessas conversas até mais tarde, você também acorda tarde. Lembre-se que agora que você está de volta, também vai ajudar seu pai na roça.
    • Não gostei muito dessa parte...
Otávio não gostava do trabalho do campo, sempre se achava superior demais para ficar trabalhando com terra. Por isso, sempre que dava, ele enrolava e não ia trabalhar, meus tios que não gostavam, porque ele não queria nem trabalhar na roça, nem fazer um curso superior, ser alguém na vida como eles dizem.

Apenas Heróis - Série Gay: Episódio 10: Prosa e Poesia

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