sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ainda Não Posso...

Sabe, muitas vezes eu acho que meu namorado exagera quando reclama comigo pelo fato de eu muitas vezes não poder acompanhá-lo em certos lugares e eventos, mas no fundo no fundo ele tem razão em se chatear, em ficar triste e em reclamar também. Pra mim que sempre fui uma pessoa que viveu enclausurada e sempre foi caseiro, uma pessoa não assumida homossexualmente, e que não tem o costume de dormir fora de casa, fica muito difícil agir como uma "pessoa livre".
Ele me chamou para ir a um evento que aconteceria amanhã - 12/02/2012 - em Simões Filho, Região Metropolitana aqui de Salvador, mas eu lhe disse que não poderia ir em decorrência de um evento que vai acontecer na igreja e que eu estou envolvido; hoje ele me convidou a acompanhá-lo em um evento no qual ele será jurado hoje à noite em uma boate, mais uma vez eu lhe neguei o convite. Eu fico com o coração cortado e também me entristeço por não estar com ele, sendo que é isso tudo o que eu mais quero.
Eu reflito muito sobre isso, vejo minha vida como uma novela, pois a pressão é muito grande, penso que não vou conseguir, penso que não serei capaz de romper o casulo de uma vida que jugo não ser minha, e sair, como uma borboleta, experimentar o voo da liberdade, sentir a brisa do vento soprando em meu rosto sem lançar sobre mim culpas e medos; aguardo ansiosamente o dia em que poderei me olhar no espelho e ver o verdadeiro Eu, não aqueles a quem as pessoas moldaram ou pensam e querem que eu seja.
Tudo é muito difícil - ou eu sou muito medroso ou coloco dificuldade nas coisas - mas creio que tudo vai dar certo, porque Deus sabe que eu não quero viver assim, uma vida de engano: enganando as pessoas, amigos, familiares e, principalmente, a mim mesmo! Bem, para expressar melhor esse meu sentimento agora, segue uma reflexão bem interessante:
Havia um alpinista que sempre buscava superar os desafios. Então, ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar uma grande montanha.
O alpinista queria a glória só para ele. Por isso, resolveu escalar sozinho, sem nenhuma ajuda. Então, começou a escalar.
O tempo foi passando, a noite foi chegando. Ele poderia parar e acampar. Mas, resolver continuar a escalada. Tudo era escuridão. Naquela noite não havia lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens. Quando estava a apenas cem metros no topo da grande montanha, aconteceu o que ele não esperava. Acabou escorregando e começou a cair disparadamente. Ele tinha a sensação de estar sendo sugado pela força da gravidade. Enquanto isso, passava por sua mente, todos os momentos que tinha vivido, como se fosse um filme.
De repente, o alpinista sentiu um puxão forte.
Foi, então, que se lembrou de ter cravado algumas estacas de segurança com grampos na corda comprida que segurava sua cintura.
Suspenso pelos ares na imensa escuridão gelada, o alpinista apelou para Deus e gritou:
    -Meu Deus, ajude-me!
    E uma voz grave e firme perguntou:

    - “O que você quer de mim, meu filho?”

    E o alpinista, aflito, respondeu:

    - Salve-me! Por favor, Meu Deus, salve-me!

    E, então, Deus disse:
    - Se você realmente acredita que eu possa te salvar, se você tem fé em mim, corte a corda que mantém você pendurado.

    Mas, ao invés de fazer imediatamente o que Deus disse, o alpinista ficou em silêncio, pensando um pouco.
    E, depois de pensar, ele acabou se agarrando ainda mais à corda.

    No dia seguinte, o alpinista foi encontrado por uma equipe de resgate. Mas, já estava morto. Morreu congelado, agarrado na corda com as duas mãos. E o mais incrível: ele estava a apenas dois metros do chão.

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