segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

CAPÍTULO XI - PARTE VII


Eu abri mais o portão para Felipe colocar a moto ao lado da casa. Enquanto ele estacionava, eu fechei o portão e fiquei na porta de entrada esperando ele. Assim que estacionou a moto, ele parou frente a mim me aguardando chamá-lo para dentro da casa.
    • Você está bem? Perguntou estranhando meu comportamento.
    • Ah, estou sim, me distraí por uns segundos. Mas vamos entrar, meu primo está aí, meus tios não estão, mas devem vir para o almoço.
    • Ah, está bem então...
    • Entre, não fique aí na porta.
Eu estava meio desnorteado, convidei-o para entrar, mas fiquei bem na frente da porta, e Felipe me olhava sem graça. Quando dei por mim, quem ficou sem graça foi eu, então, quando fui ceder espaço para ele entrar, ele ia para um lado e eu ia, ele ia para o outro e eu ia também, estava tão nervoso quanto atrapalhado.
Otávio que estava na sala assistindo TV presenciou tudo e ficou nos olhando, incomodado questionou “vocês vão ficar brincando na porta é?” Foi aí que eu parei e Felipe entrou na casa. Quando ele entrou, Otávio continuou virado para a TV, sem esboçar nenhuma reação.
    • Otávio, esse é o …
    • Já sei, é o cara que você conheceu no ônibus quando estavam vindo correto? Falou me interrompendo antes mesmo que eu pudesse falar a metade da frase.
    • Sim, esse é o Rafael, como meus tios permitiram, ele vai ficar essa noite conosco para participar da festa promovida pelo sr. Joaquim.
    • É, eu sei, espero que aproveite, aqui é muito legal e bem tranquilo.
    • Não se preocupe, é justamente para me divertir que estou aqui. Respondeu Felipe.
    • Bem, mas vamos lá no quarto guardar sua mochila.
    • Pode colocar no meu quarto.
Eu sabia que Otávio não tinha se simpatizado com Felipe desde a primeira vez em que se viram na praça do centro de Lagos, então, eu tinha mais ou menos a função de apaziguador quando estava entre eles para evitar qualquer tipo de confronto direto, porque os confrontos indiretos não dava para evitar. Quando Eu e Felipe estávamos subindo as escadas, Ana apareceu na sala lhe oferecendo algo para beber, Felipe timidamente negou, então, logo disse a Ana que levasse no quarto um suco pois devido ao calor o mesmo poderia estar com muita sede.  

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