No curral, havia umas oito vacas leiteiras, ele abriu a
porteira, eu entrei e ele veio logo atrás, eu nunca tinha estado tão
perto de uma vaca – nem mesmo da última vez que estive aqui –
imagine tirar leite dela.
- Pronto, agora vamos tirar o leite – Falou tio Pedro.
- Mas... eu não faço ideia por onde começar.
- Não se preocupe, meu sobrinho, eu te ensino...
Meu tio prendeu as patas traseiras da vaca, colocou
próximo a ela um banquinho no qual sentei, ele veio por trás de
mim, segurou minhas mãos e conduziu-as aos peitos da vaca. Ele
falava comigo bem baixinho quase no meu ouvido, confesso que fiquei
arrepiado com sua voz grossa e firme falando ao meu ouvido, fiquei
até excitado.
- Isso... isso... agora é só apertar um pouco... está vendo? Não é fácil? Falava meu tio.
- É – era a única coisa que conseguia falar – eu acho que vou conseguir...
- Agora quero ver você fazer sozinho.
Tio Pedro soltou minhas mãos, veio para o meu lado e
ficou me olhando tirar o leite da vaca sozinho, eu estava encantado
com o cuidado e carinho dele comigo. Teve um momento em que parei, e
olhei para ele, bem dentro dos seus olhos, ele estava me olhando,
fitei os olhos nele, bem no mais profundo do seu ser. “O que
será que meu tio está pensando? É muita ousadia da minha parte
encará-lo assim, talvez ele perceba o quanto eu o desejo e acabe me
desmascarando...”
Eu virei para ele... ficamos frente a frente... nesse
momento, várias loucuras passaram em minha mente, eu estava confuso,
não sabia o que fazer, eu queria aquele homem, ao mesmo tempo em que
sentia que isso era errado. Ele é meu tio, como seria nossa relação
depois? E se não houver um depois? Eu não resisti... levei minhã
mão até a perna dele... nesse momento, Otávio entrou no curral,
tomamos o maior susto, acho que ele percebeu quando entrou.
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