quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CAPÍTULO IX - PARTE IV


    • O que está acontecendo aqui? Perguntou Otávio.
    • Eu estou ensinando seu primo a tirar leite da vaca – Respondeu meu tio.
    • Eu estou aprendendo direitinho. Acho que tenho jeito para o campo.
    • Ah... eu vim ajudar vocês, minha mãe ficou me chamando até que eu acordei.
Cada um ficou com uma vaca, eu claro, foi o que mais demorou, me atrapalhava, não conseguia tirar leite direito, fazia um monte de trapalhadas, mas o pouco que consegui foi suficiente para meu tio me parabenizar pelo feito:
    • Parabéns, Rafael, para sua primeira vez, você até que conseguiu tirar uma boa quantidade de leite.
    • Obrigado, tio. É bom saber que estou evoluindo!
Depois de tirar o leite, colocaram dentro de garrafas que foram postas nas traseiras das bicicletas. Otávio e meu tio foram fazer a distribuição do leite, para algumas casas, eu voltei para a casa enquanto eles saiam. Minha tia e Ana já estavam de pés, como quase sempre, estavam na cozinha preparando o café da manhã.
Subi direto para o quarto e tentei ler, tentei porque assim que deitei na cama com o livro, Ana chegou no quarto me chamando. Queria saber se eu tinha gostado da experiência tirando leite de vaca – sei que esse seria assunto para um bom tempo – eu apenas fiz um gesto afirmativo com a cabeça e ela desceu.
Não tinha concentração para ler naquele momento, eu só conseguia pensar em meu tio e eu naquele curral. O que será que poderia ter acontecido se Otávio não chegasse naquele momento? Minha mente estava como um turbilhão sem conseguir pensar em mais nada, não tinha cabeça para ler naquela hora, coloquei o livro de lado e desci para a cozinha. As mulheres da casa estavam lá conversando e terminando de pôr a mesa.
    • Então você foi tirar leite de vaca hoje? Perguntou tia Glória cheia de orgulho.
    • É, tia, eu fui. E foi muito bom.
    • Que bom que você gostou da experiência, acho que você tem mais jeito para viver no campo que seu primo Otávio.
    • Acho que não, tia. Tenha certeza que eu não saberia viver sem algumas regalias que a capital me proporciona.
    • Mas se você crescesse aqui não teria dificuldades para se adaptar ao local.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este espaço é seu, portanto, comente à vontade...

Powered By Blogger