domingo, 25 de dezembro de 2011

CAPÍTULO IX - PARTE X


    • Rafael, está tudo bem? Perguntou tio Pedro.
    • Está sim, tio – me assustei ao ouvir a voz dele – só estou passando o tempo.
    • Tudo bem, eu e sua tia estamos indo dormir.
    • Certo, tio, eu vou daqui há pouco para o quarto deitar, também já estou ficando com sono.
Tio Pedro entrou e eu continuei do lado de fora... fechei meus olhos por um momento e, no silêncio daquela noite quente, apenas alguns insetos e as folhas das árvores, faziam a trilha sonora daquele momento de tranquilidade e encontro com os meus pensamentos, era um encontro comigo mesmo; com meus sentimentos e desejos.
Depois de quase meia hora, ou mais, não me lembro bem, já estava ficando com o corpo dolorido de ficar tanto tempo sentado naquele banco, olhei no relógio e vi que já estava na hora de ir dormir, todos já tinham se retirado. Peguei o banco e entrei, tranquei a porta, fui até a cozinha, só havia algumas luzes fracas acessas na casa, e o deixei lá. Fui para o quarto e peguei minha roupa de dormir – um calção e uma camiseta – e minha escova de dentes e fui para o banheiro.
Não demorei muito no banheiro me olhando no espelho porque já estava sentindo muito sono. Olhei para Otávio, e o mesmo dormia como uma pedra, estava apenas com um short leve, dormia de bruços com o lençol cobrindo apenas da cintura para baixo. Também não fiquei admirando-o por muito tempo, peguei meu cobertor e deitei, estava quase caindo de sono. Assim que deitei na cama, não vi mais nada, adormeci como quem estava enfeitiçado.

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