- Rafael, está tudo bem? Perguntou tio Pedro.
- Está sim, tio – me assustei ao ouvir a voz dele – só estou passando o tempo.
- Tudo bem, eu e sua tia estamos indo dormir.
- Certo, tio, eu vou daqui há pouco para o quarto deitar, também já estou ficando com sono.
Tio Pedro entrou e eu continuei do lado de fora...
fechei meus olhos por um momento e, no silêncio daquela noite
quente, apenas alguns insetos e as folhas das árvores, faziam a
trilha sonora daquele momento de tranquilidade e encontro com os meus
pensamentos, era um encontro comigo mesmo; com meus sentimentos e
desejos.
Depois de quase meia hora, ou mais, não me lembro bem,
já estava ficando com o corpo dolorido de ficar tanto tempo sentado
naquele banco, olhei no relógio e vi que já estava na hora de ir
dormir, todos já tinham se retirado. Peguei o banco e entrei,
tranquei a porta, fui até a cozinha, só havia algumas luzes fracas
acessas na casa, e o deixei lá. Fui para o quarto e peguei minha
roupa de dormir – um calção e uma camiseta – e minha escova de
dentes e fui para o banheiro.
Não demorei muito no banheiro me olhando no espelho
porque já estava sentindo muito sono. Olhei para Otávio, e o mesmo
dormia como uma pedra, estava apenas com um short leve, dormia
de bruços com o lençol cobrindo apenas da cintura para baixo.
Também não fiquei admirando-o por muito tempo, peguei meu cobertor
e deitei, estava quase caindo de sono. Assim que deitei na cama, não
vi mais nada, adormeci como quem estava enfeitiçado.
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