quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CAPÍTULO X - PARTE IX


Chegamos no campo, meu tio foi pegar umas ferramentas para capinar a terra e limpar. Para falar a verdade, eu não estava nem um pouco interessado em limpar a terra, mas estava ali para não parecer o parente folgado que vem de fora e não ajuda em nada, também poderia encarar isso como um meio de me divertir!
Tio Pedro ficou sempre ao meu lado me ensinando como fazer tudo, eu, lógico que estava totalmente sem graça, mas ele não ligava, para ele não aconteceu nada mesmo. Ele tinha muita paciência, parava, olhava como eu fazia, me dizia o como fazer para não me machucar. Teve um momento que ele foi me ensinar a segurar a enxada corretamente, ele veio quase por trás de mim – eu já estava tremendo – posicionou minhas mãos corretamente e as segurou com firmeza.
Eu estava tão tenso que deixei soltei a enxada deixando-a cair. Olhei para ela caída e meu tio me olhando fixamente, ele se abaixou, pegou a enxada e me entregou, eu estava sem reação, só fiz pegá-la e fiquei segurando olhando para ele. Otávio se aproximou de nós dois e interrogou para saber se eu precisava de algo.
    • Não – respondeu tio Pedro - , ele não precisa de nada. Traz água para a gente.
    • Tio, sobre o que aconteceu nessa madrugada eu queria dizer que...
    • O que aconteceu nessa madrugada? Não me lembro de ter acontecido nada, sei que fui dormir com minha mulher e você ficou do lado de fora. Aconteceu algo que eu não sei?
    • Não, não aconteceu nada!

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