Preconceitos
X Saúde Sexual
Define-se
masturbação como a autogratificação sexual e esta não está
associada exclusivamente ao estímulo dos genitais como a maioria das
pessoas acredita. Em uma criança de um ano, por exemplo, a
autogratificação está na satisfação oral. Ou seja, a
automanipulação é feita colocando-se objetos ou partes do corpo na
boca (masturbação rudimentar).
A
masturbação é um comportamento absolutamente normal e em qualquer
idade pode estar presente. As fantasias vinculadas a ela e o ato em
si são fontes de culpa universais. É muito importante que os pais
possam permitir esse comportamento em seus filhos, oferecendo a
privacidade necessária a eles, evitando que suas próprias vergonhas
e repressões afetem o início da vida sexual de suas crianças.
Já
na primeira infância, de 1 a 3 anos de idade, pode-se observar
ereções penianas ao toque ou durante o sono do bebê. Por volta dos
3 ou 4 anos de idade, a criança passa a manipular de forma direta os
genitais. Acontece de forma disfarçada nos brinquedos com os
adultos, como aviãozinho ou cavalinho. Mais tarde, na puberdade e
adolescência, técnicas de roçar o pênis e o clitóris vão sendo
aprendidas e especializadas de acordo com as preferências. É
necessário enfatizar que a masturbação é um prelúdio essencial
para a realização sexual de um adulto. Estes aprendem a obter
orgasmo um na companhia do outro com o coito propriamente dito, mas
geralmente mantêm a atividade masturbatória como um acessório à
vida sexual, um regulador do próprio desejo sexual. Nos idosos a
masturbação é comum e saudável.
A
masturbação geralmente é acompanhada de fantasias que podem variar
largamente em assunto, intensidade e nos participantes. Em sua
origem, as fantasias são uma simulação do que a criança acredita
que ocorre entre os pais a portas fechadas. A agressividade pode
estar envolvida nessas fantasias, como por exemplo, situações de
espancamento. A submissão à agressão sofrida na fantasia pode ser
vista e sentida como passividade feminina à figura do pai. A
satisfação sexual é a de união e aceitação com estes pais.
Mas
como acontece com as outras funções fisiológicas como o hábito de
se alimentar, o de urinar e de evacuar, a aprendizagem sexual também
é sujeita às normas sociais, sendo a masturbação até mesmo
inibida, de acordo com a cultura em que a pessoa foi criada. As
fantasias e atitudes sexuais das mulheres, principalmente, são muito
frequentemente inibidas como proteção à iniciação sexual precoce
e à gravidez indesejada.
Recomendações
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Evite
chamar a atenção de forma agressiva ou punir a criança em
atividade masturbatória. Recomende a ela que o faça em privado,
já que é parte de sua individualidade. As perguntas dela devem
ser respondidas de forma simples e somente ligadas à sua dúvida.
Não queira dar grandes explicações, tampouco minta sobre sexo.
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Respeite
a crença religiosa das pessoas, mas saiba que a masturbação já
foi considerada pecado religioso no que tange a desperdício de
sêmen (esperma). Na religião, o ato sexual deveria sempre visar
a reprodução, a geração de mais filhos.
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Evite
propagação de mitos como os que dizem que quem se masturba fica
louco, epiléptico, esquizofrênico e com um anormal crescimento
de pelos nas mãos. Também o sexo não gasta! Muitas pessoas
acreditam que o número de orgasmos, a longo prazo, é diminuído
se a pessoa o desperdiça em automanipulação. Não é verdade,
absolutamente. Claro que em um mesmo momento, os orgasmos
repetidos levarão à saciedade do desejo sexual momentaneamente.
Mas passado algum tempo (o que varia de pessoa para pessoa ou de
acordo com a idade) o desejo sexual retorna e incita uma nova
procura por sexo.
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