segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CAPÍTULO XI - PARTE II


Ficamos um ao lado do outro sem trocar uma palavra, eu estava tenso e acho que ele também, até que Otávio desceu e pude perceber quando ele respirou aliviado.
    • Pensei que não fosse descer mais, já estava para mandar seu primo te chamar de novo! Disse meu tio.
    • Eu nem tenho o direito de dormir em paz nessa casa, sempre tenho que acordar de madrugada! Murmurou Otávio.
    • Ainda acha que tem trabalho para você, e fica reclamando!
    • Otávio, vai com tio Pedro e não reclama, muitas vezes não sabemos agradecer pelo que temos, pior seria se não tivesse nada – Falei percebendo que os dois estavam prestes a uma discussão.
Otávio apenas me olhou e concordou com o que eu havia dito, sem dizer mais nada, ele saiu e meu tio foi logo atrás também sem dizer nada. Quando saíram, voltei a assistir o jornal, já estava quase acabando, era a reprise do último noticiário do dia anterior, mas como não tinha o que fazer nas primeiras horas da manhã, fiquei lá.
Olhei para um lado e para o outro, naquele marasmo, desliguei a TV e fui para o quarto, o único abrigo que tinha. As horas estavam demorando de passar, pela minha ansiedade em ver Felipe, toda hora eu olhava para o relógio e parecia que os ponteiros não saiam do lugar, tirava o celular do bolso para ver se havia alguma ligação dele, mas ainda era tão cedo – dez para as seis – que acho que nem ele ainda tinha acordado.

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