HISTÓRICO
Em
7 de agosto de 2001, Iara
Bernardi apresentou
um projeto de lei na Câmara
dos Deputados com
o objetivo de criminalizar a homofobia.
O projeto recebeu a denominação de PL 5003/2001. O projeto tramitou
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
dos Deputados e
em seguida foi encaminhado para o Plenário.
Inicialmente,
o PL 5003/2001 não tinha a intenção de alterar a Lei Federal nº
7.716 de 5 de janeiro de 1989, que prevê punições para crimes
resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional. Durante a tramitação do PL
5003/2001, outros projetos foram anexados ao mesmo por terem conteúdo
semelhante.
No
ano de 2005, então Deputado
Luciano Zica (PT
- SP), relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça
da Câmara, apresentou seu parecer
no
qual fez modificações ao projeto original do PL 5003. A versão que
saiu da CCJ da Câmara e foi aprovada em Plenário previa vários
situações no qual se caracterizaria a homofobia e suas respectivas
punições, como: a dispensa de empregados por motivo de sexo,
orientação sexual e identidade de gênero (art. 4º); a proibição
de ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento
público ou privado, aberto ao público; a recusa ou prejuízo a
alguém, em sistema de seleção educacional, recrutamento ou
promoção funcional ou profissional; a recusa de hospedagem, ou
cobrança de sobretaxa, por parte de estabelecimentos do gênero
(art. 5º); a recusa em negociar bens móveis ou imóveis com
determinado sujeito por motivos discriminatórios (art. 6º); o
impedimento ou restrição de manifestação de afetividade
homossexual, bissexual ou transgênero, quando estas expressões e
manifestações forem permitidas aos demais cidadãos (art. 7º);
entre outras.
Por
força do processo
legislativo brasileiro,
o PL 5003/2001 foi remetido ao Senado
Federal e
recebeu uma nova numeração, passando a ser denominado "Projeto
de Lei da Câmara 122 de 2006", fazendo referência ao número
da proposição
e
o ano em que foi recebida. O termo PLC é usado para diferenciar dos
projetos de lei ordinária que são oriundos dos Senadores e nada tem
relação com projeto
de lei complementar.
No Senado, o agora PLC 122/2006 já tramitou nas Comissões de
Assuntos Sociais (CAS), está na Comissão de Direitos Humanos (CDH)
e seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJC) antes de ir à Plenário.
No
ano de 2007, o PLC 122/2006 foi recebido pela Comissão de Assuntos
Sociais e a ex-Senadora
Fátima Cleide(PT
- RO) foi designada para ser relatora da proposição. O seu parecer
ao PLC 122 foi dado no ano de 2009, e fez novas mudanças profundas
no projeto, como a inclusão da criminalização de pessoas idosas e
portadores de necessidades especiais e a retirada de vários artigos
do projeto aprovado na Câmara.
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