quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CAPÍTULO X - PARTE XV


    • Tio, o que o senhor está fazendo?
    • Desculpe, eu não tinha a intenção de te assustar. Eu desci para tomar um copo com água, aí eu vi você deitado e vim de acordar!
    • Mas não parecia que o senhor tentava me acordar
    • Eu sei, desculpe também por isso. Sabe, Rafael, desde que eu vi você... sei lá... eu me senti fora de mim... você é muito gostoso, e, naquela madrugada ali na cozinha, eu nunca gozei tanto como foi naquele momento. Você me despertou um desejo muito forte, uma vontade de te ter em meus braços e de penetrar em você o máximo que pudesse.
Naquele momento eu não estava acreditando na confissão de meu tio. Era inacreditável ouvir um homem daquele, alto, forte e bonito falando que estava morrendo de tesão por um homem, logo eu, fora do padrão de beleza masculino – mas não feio – não que estivesse me desprezando a mim mesmo, mas não dava mesmo para acreditar.
Eu fiquei olhando para o meu tio sem reação, estava totalmente seduzido pela sua voz e por sua reação, eu toquei no rosto dele também e me aproximei dele para poder beijá-lo, bem ali na sala, sem me importar se alguém passaria por ali naquele momento...
    • Não, Rafael – disse meu tio afastando minha mão do seu rosto – não podemos dar continuidade a isso, e você me beijar agora, não me responsabilizo pelo resto.
    • Nem eu, tio. É isso que eu quero mesmo!
    • Mas eu prefiro que isso não aconteça de novo. Considere esse momento como uma última vez.
Tio Pedro tirou minha mão do seu rosto e colocou-a sobre minha barriga, levantou-se, deu um beijo em minha testa e foi para o quarto dele. Eu estava decepcionado! O homem que veio me agarrando na madrugada passada quase me estuprando agora estava fugindo de mim?
Para falar a verdade, eu não entendi muito, quer dizer, acho que entendi: ele deve ter sentido remorsos e por isso preferiu recuar.
Como a presença do meu tio tinha me deixado bastante acordado e sem vontade para ler, fui para o quarto dormir. Otávio dormia como uma pedra, coloquei minha roupa de dormir e deitei, fiquei olhando para o teto e pensando na imagem do meu tio acariciando meu rosto, e como teria sido lindo se ele tivesse me beijado, até que dormi...

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